Investidores apostam em queda de preço de criptomoedas com piora na confiança, diz CoinShares
Investidores institucionais estão correndo para produtos de criptomoedas que apostam em queda nos preços, com fluxos de recursos para estes investimentos em nível recorde após o colapso da corretora FTX, segundo levantamento semanal da gestora de ativos digitais CoinShares, divulgado nesta segunda-feria (21).
Produtos e fundos “cripto” viram fluxos de entrada de US$ 44 milhões na semana encerrada em 18 de novembro, mas 75% desse fluxo representa investimentos em posições vendidas, “short”, que apostam na queda nos preços, segundo os dados.
O total de ativos sob gestão despencou para US$ 22 bilhões, o menor em dois anos, segundo a CoinShares.
A FTX fez um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos há mais de uma semana, no caso mais importante até agora de colapso no setor. A queda da FTX veio depois que operadores sacaram US$ 6 bilhões da plataforma em três dias e a rival Binance decidiu abandonar um acordo de resgate da empresa.
Na semana passada, o executivo contratado pela recuperação judicial para comandar a FTX, John Ray, divulgou os primeiros dados de suas descobertas, As informações envolvem transferências impróprias de recursos e contabilidade frágil. Ele descreveu a FTX como um “fracasso completo” de controles.
“Mesmo para os historiadores de fraudes corporativas, o tamanho e a audácia dos atos na FTX desafiam a imaginação”, disse Matt Weller, diretor global de pesquisa de mercados da FOREX.com e City Index.
Ele acrescentou, referindo-se ao ex presidente-executivo da FTX, Sam Bankman-Fried, “para operadores e investidores, cada palavra que sai da boca de SBF neste momento aumenta a probabilidade de regulações mais duras no mercado de cripto, tanto nos Estados Unidos quanto em outros países, e os preços dos tokens provavelmente vão continuar sob pressão enquanto houver temores sobre a chegada do martelo regulatório sobre o setor”.
Em uma conversa a um repórter da Vox publicada na semana passada, Bankman-Fried culpou o colapso da FTX em parte à “contabilidade bagunçada” e expressou arrependimento sobre sua decisão de pedir recuperação judicial. Ele ainda denegriu reguladores dos EUA em termos de baixo calão. Mais tarde, ele disse que não pretendia que a conversa fosse tornada pública.
Os dados da CoinShares mostram também que o bitcoin (BTC) registrou fluxos de entrada de US$ 14 milhões, mas quando se considera os fluxos em posições vendidas, a entrada de recursos na moeda digital é negativa em US$ 4,3 milhões.
Houve pequenas saídas na rede ethereum (ETH), de US$ 800 mil. Investidores fizeram apostas recordes em posições vendidas sobre produtos atrelados ao ethereum, da ordem também de US$ 14 milhões.
Os dados indicam que uma série de outras “altcoins” também viram saídas de capital de investidores, principalmente Solana, XRP, Binance e Polygon.
Mulheres usam mais metaverso, enquanto homens dominam cargos
As mulheres gastam proporcionalmente mais tempo no metaverso e estão mais propensas a liderar iniciativas na nova fronteira da internet, mas os homens ainda ocupam 90% dos cargos executivos em organizações que moldam essa economia emergente.
“As mulheres ainda estão excluídas dos papéis de liderança” que são fundamentais para criar e estabelecer padrões no metaverso, de acordo com relatório divulgado na segunda-feira (21) pela McKinsey.
Empresas como Meta e Unity estão investindo pesadamente no metaverso, descrito como um mundo virtual e de realidade aumentada onde as pessoas podem trabalhar, se sociabilizar e aprender.
O relatório da McKinsey, que entrevistou cerca de 2 mil pessoas, afirma que as mulheres se exercitam em realidade virtual, fazem compras digitais usando realidade aumentada e têm aulas em salas de aula virtuais em uma proporção mais alta do que os homens. Os homens compram tokens não fungíveis (NFTs) e usam plataformas de jogos mais do que as mulheres.
Uma pesquisa da McKinsey com 450 executivos seniores indicou que as mulheres também implementam iniciativas no metaverso em suas empresas com mais frequência do que os homens. Cerca de 60% das mulheres, em comparação com 50% dos homens, disseram ter criado mais de dois desses projetos, principalmente em marketing ou aprendizado e desenvolvimento de funcionários.
Ao mesmo tempo, as mulheres ocupam apenas de 8% a 10% das posições de liderança em organizações que ditam os padrões do metaverso, como o Metaverse Standards Forum e a Open Metaverse Alliance for Web3, de acordo com o relatório.
Isso é semelhante aos cerca de 9% das empresas da Fortune 500 lideradas por mulheres, de acordo com a pesquisa. As mulheres ocupam menos de 25% dos cargos de liderança sênior em tecnologia em geral, de acordo com relatório da Deloitte do ano passado.
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