Ibovespa avança e fecha acima de 100 mil pontos com incentivo externo; dólar cai

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta nesta quinta-feira (7), acompanhando mercados globais, apesar da atenção ainda estar voltada para possível risco de recessão global. Já o dólar recuou contra o real, depois da forte alta do dia anterior que levou a moeda a novo pico desde o final de janeiro.

No dia, o Ibovespa avançou 2,04%, aos 100.729 pontos. Já o dólar recuou 1,44%, negociado a R$ 5,3435.

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O mercado brasileiro acompanhou a alta em Wall Street, depois que o banco central norte-americano, o Federal Reserve (Fed), sinalizou um ciclo mais moderado de aumentos da taxa de juros.

“Apesar da inflação elevada e do risco de recessão global continuarem no radar dos investidores, o tom é positivo no mercado de ações internacional”, afirmou a equipe da Ágora Investimentos. Na bolsa brasileira, os últimos pregões têm sido marcados por temores sobre incertezas globais e riscos fiscais no Brasil, que têm puxado o Ibovespa para baixo.

Analistas disseram que a alta desta quinta é reflexo da sequência de quedas anteriores, que atraiu investidores em busca de ações “descontadas”.

“Na ausência de más noticias, alguns investidores começaram a buscar algumas pechinchas ou comprar ativos a preços que podem considerar interessante”, avaliou o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves.

Para o analista da Clear Corretora Leandro De Checchi, a movimentação do Ibovespa não surpreende após a queda forte desde abril, uma vez que ele está, na média, descontado com seu múltiplo de lucro (P/L) próximo às mínimas históricas.

Bolsas Mundiais

Wall Street

Os índices de referência de Wall Street avançaram nesta quinta-feira, com o S&P 500 e o Nasdaq registrando ambos o quarto pregão seguido de alta.

O índice S&P 500 fechou em alta de 1,50%, a 3.902,62 pontos. O Dow Jones subiu 1,12%, a 31.384,55 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 2,28%, a 11.621,35 pontos.

Europa

As ações europeias ampliaram a alta nesta quinta-feira, conforme o aumento dos preços do petróleo e dos metais elevou papéis ligados a commodities. O índice pan-europeu STOXX 600 avançou 1,88%, a 415,01 pontos, com ganhos generalizados.

Mineradoras saltaram 5,4% com o cobre acima de mínimas em 20 meses por esperanças de melhora na demanda da China. O setor de energia saltou 4%. Bancos ganharam 3,4%, dando o maior impulso para o STOXX 600.

• Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,14%, a 7.189,08 pontos.
• Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 1,97%, a 12.843,22 pontos.
• Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,60%, a 6.006,70 pontos.
• Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 3,05%, a 21.558,07 pontos.
• Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 2,19%, a 8.122,50 pontos.
• Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,41%, a 5.967,19 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China terminaram em alta nesta quinta-feira, quando as montadoras saltaram depois de novas medidas implementadas para estimular as vendas de automóveis, enquanto dados que mostraram entrada de fluxos estrangeiros também amenizaram as preocupações com a explosão da covid-19.

• Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,47%, a 26.490 pontos.
• Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,26%, a 21.643 pontos.
• Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,27%, a 3.364 pontos.
• O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,44%, a 4.443 pontos.
• Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,84%, a 2.334 pontos.
• Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 2,51%, a 14.336 pontos.
• Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,83%, a 3.129 pontos.
• Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,81%, a 6.648 pontos.

*Com informações da Reuters.