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Finanças

Ibovespa fecha no menor patamar desde janeiro; dólar encerra a R$ 5,15

Bolsas reagiram negativamente diante de temores globais com a política monetária nos Estados Unidos.

Funcionários em trajes de proteção caminham em rua de Xangai durante lockdown para conter disseminação da Covid-19 02/05/2022 REUTERS/Aly Song

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou em queda nesta segunda-feira (9) e alcançou o menor patamar registrado desde 10 de janeiro. O indicador acompanhou os mercados internacionais, à medida que novos sinais de desaceleração econômica na China e as preocupações com o ciclo de alta dos juros nos Estados Unidos impactaram negativamente os negócios.

Já o dólar engatou a terceira alta consecutiva e fechou o pregão no maior patamar em quase dois meses.

No dia, o Ibovespa recuou 1,79%, aos 103.250 pontos. No menor nível do pregão, caiu a 102.768 pontos.

Com isso, o Ibovespa agora acumula perdas de 1,5% em 2022. O índice não fechava acumulando queda no ano desde 11 de janeiro – nesse período, chegou a registrar ganhos de até 16% frente ao final de 2021.

Já o dólar subiu 1,56%, negociado a R$ 5,1544. Na máxima do dia até o momento, a moeda chegou a R$ 5,1599.

O crescimento das exportações chinesas desacelerou a um dígito, nível mais fraco em quase dois anos, enquanto que as importações mal mudaram em abril, uma vez que medidas mais duras e amplas contra a covid-19 afetaram a produção em fábricas e a demanda doméstica, ampliando as preocupações econômicas.

Os contratos futuros de minério de ferro da China chegaram a cair até 7% nesta segunda-feira, em baixa pela segunda sessão consecutiva, prejudicando os preços do aço em quase 4%.

Destaques da bolsa

Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3, PETR4) conduziram o recuo do índice, em meio aO desempenho do minério de ferro e do petróleo, respectivamente. Itaú Unibanco (ITUB4) também teve forte influência na baixa após resultado. Entre as principais altas ficaram BTG Pactual (BPAC11) e Sabesp (SBSP3), depois da divulgação de balanços do primeiro trimestre.

Veja mais destaques do dia.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em forte queda nesta segunda-feira, lideradas por declínios nos papéis de crescimento de mega capitalização, conforme o rendimento do Treasury de dez anos atingiu novos recordes em três anos e meio e investidores ficavam mais preocupados com as perspectivas para as taxas de juros.

O índice S&P 500 fechou em queda de 3,20%, a 3.991,24 pontos. O Dow Jones caiu 1,99%, a 32.245,70 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 4,29%, a 11.623,25 pontos.

O Nasdaq fechou em seu nível mais baixo desde novembro de 2020.

Europa

Salão da Bolsa de Valores de Frankfurt 09/05/2022 REUTERS

As ações europeias atingiram mínimas em dois meses nesta segunda-feira, lideradas por setores como viagens e lazer e tecnologia, com uma combinação de preocupações sobre as restrições prolongadas contra a covid-19 na China e o aumento dos rendimentos dos títulos alimentando a pressão vendedora no mercado de ações (já que, com os títulos mais seguros rendendo mais, a tendência é que os investidores deixem o mercado de ações, que é mais arriscado).

O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 2,90%, a 417,46 pontos, para atingir seu menor patamar desde 8 de março, com papéis de viagens e lazer em queda de 6,0%. O indicador perde mais de 5% até agora em maio, e recua 15,6% desde que atingiu uma máxima recorde em janeiro.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 2,32%, a 7.216,58 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 2,15%, a 13.380,67 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,75%, a 6.086,02 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,74%, a 22.832,56 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 2,20%, a 8.139,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,72%, a 5.657,92 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações blue-chips da China caíram nesta segunda-feira, sob a pressão de empresas dos setores financeiro e de consumo, uma vez que a crescente preocupação com o impacto econômico dos lockdowns contra a Covid-19 pesou sobre o sentimento, com novos dados comerciais refletindo uma demanda fraca.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 2,53%, a 26.319 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG permaneceu fechado.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,09%, a 3.004 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,80%, a 3.877 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,27%, a 2.610 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,19%, a 16.048 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,51%, a 3.275 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,18%, a 7.120 pontos.

*Com informações da Reuters.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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