O Ibovespa encerrou em alta e o dólar recuou nesta quarta-feira (14), após a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter a taxa de juros nos Estados Unidos na faixa entre 5% e 5,25%. Com a manutenção, o órgão interrompeu um ciclo de altas iniciado em 2020, conforme expectativa do mercado.
No dia, o Ibovespa subiu 1,99%, aos 119.068 pontos, maior nível desde outubro de 2022. O dólar recuou 1,15%, a R$ 4,8063.
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A decisão vem em meio a uma desaceleração da inflação de abril para maio. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 4%, contra 8,6% do mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, apesar da queda da inflação nos EUA, o cenário do indicador ainda está longe da meta (2%).
Operadores calculavam cerca de 92% de chance de o Fed manter os juros inalterados nesta quarta-feira, embora boa parte do mercado visse probabilidade elevada de novo aperto em julho.
No dia anterior, dados mostraram que a inflação ao consumidor nos Estados Unidos ficou em apenas 0,1% em maio, com alta de 4% na base anual, a mais fraca em mais de dois anos. Além disso, nesta manhã, uma leitura mostrou que o índice de preços ao produtor para a demanda final caiu 0,3% no mês passado devido aos custos mais baixos de energia, depois de subir 0,2% em abril.
Outros destaques do dia
Participantes do mercado também apontaram a valorização de commodities importantes como um suporte para o real, à medida que cresciam as esperanças de mais estímulos econômicos na China. Nesta semana, o país asiático cortou algumas de suas principais taxas de juros de curto prazo de forma a reestimular a recuperação de danos causados pela covid-19.
No Brasil, o foco continua sobre o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que se reúne na semana que vem. A autarquia deve deixar a taxa Selic inalterada em 13,75%, mas possivelmente deixará a porta aberta para eventuais cortes de juros.
Bolsas mundiais
Wall Street
Os principais índices de Wall Street abriram com fraqueza nesta quarta-feira, com os investidores de olho no Fed, enquanto as ações da UnitedHealth caíam depois que a seguradora alertou sobre custos médicos mais altos.
O Dow Jones caía 0,49% na abertura, para 34.044,70 pontos. O S&P 500 abriu em queda de 0,06%, a 4.366,29 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,02%, para 13.570,56 pontos na abertura.
Europa
As ações europeias subiram nesta quarta-feira, sustentadas por bancos e mineradoras.
O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,36%, a 464,94 pontos.
Os bancos, que tendem a beneficiar de juros mais elevados, subiram 1,1%. Já as mineradoras subiram 2,3%, uma vez que os preços do cobre avançaram com o dólar mais fraco e expectativas de mais estímulo para impulsionar o crescimento da China.
- Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,10%, a 7.602,74 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,49%, a 16.310,79 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,52%, a 7.328,53 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,88%, a 27.809,09 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,06%, a 9.432,80 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,13%, a 6.005,27 pontos.
Ásia e Pacífico
As ações chinesas devolveram ganhos iniciais e terminaram em baixa nesta quarta-feira, com os investidores realizando lucro antes da divulgação de dados de atividade de maio e com a expectativa mais medidas de estímulo para apoiar a recuperação econômica do país.
- Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,47%, a 33.502 pontos.
- Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,58%, a 19.408 pontos.
- Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,14%, a 3.228 pontos.
- O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,02%, a 3.864 pontos.
- Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,72%, a 2.619 pontos.
- Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,13%, a 17.238 pontos.
- Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,90%, a 3.218 pontos.
- Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,32%, a 7.161 pontos.
*Com informações da Reuters.
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