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Finanças

Ibovespa fecha em alta em dia de falas de Haddad sobre fiscal; dólar sobe

Regra fiscal ‘adequada para o país’ deve ser anunciada em março, segundo o ministro da Fazenda.

O Ibovespa encerrou em alta nesta quarta-feira (15), tendo como pano de fundo falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre nova regra fiscal. O dólar, por sua vez, avançou sobre o real. 

No dia, o Ibovespa subiu 1,62%, aos 109.600 pontos. Já o dólar teve alta de 0,44%, negociado a R$ 5,2205.

Haddad afirmou nesta quarta-feira que entende a ansiedade do mercado e que a regra fiscal “adequada para o país” deve ser anunciada em março.

O ministro disse ainda ser a favor de metas exigentes, mas ressaltou que “um ser humano tem que conseguir fazer aquilo”. “Quando você projeta cenários irrealistas, perde a credibilidade”, declarou em evento BTG Pactual CEO Conference 2023.

A fala de Haddad acontece em um momento de agitação no mercado diante das pressões do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por alterações na meta de inflação do país e redução no nível dos juros.

De acordo com o estrategista e sócio na Laic Asset Management, Vitor Carvalho, em evento em São Paulo, profissionais respeitados pelo mercado financeiro se mostraram relativamente bem mais tranquilos a respeito de uma revisão de meta de inflação do que o consenso vigente do mercado até hoje.

“A interpretação é de que eles entendem que a meta está errada, foi construída em função de um cenário que não se mostrou verdadeiro e que seria natural ser ajustada”, afirmou, referindo-se a declarações de Rogério Xavier, da SPX Capital, Luis Stuhlberger, da Verde Asset Management, e André Jakurski, da gestora JGP, durante a BTG Pactual CEO Conference 2023.

“Obviamente, a nossa meta está errada”, afirmou no evento Xavier, destacando o juro real do país e a meta atual.

Carvalho acrescentou que a fala do ministro da Fazenda no mesmo evento, na sequência, com um tom “pé no chão” e sinalizando a possibilidade de uma antecipação da apresentação de proposta para novo arcabouço fiscal em março, corroborou os motivos da melhora dos ativos locais.

“O dogma da meta de inflação não mudar caiu hoje”, avaliou o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, atrelando a mudança na percepção também às falas dos gestores e às declarações de Haddad.

Endossando o clima mais positivo no mercado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou no mesmo evento que não escuta do parlamentar médio nenhum sentimento de recuo em relação a questões como a independência do Banco Central, a privatização da Eletrobras e a reforma trabalhista.

Destaques da B3

TIM

A ação da TIM (TIMS3) avançou 2,99%, após a companhia divulgar na véspera projeções para o período entre 2023 e 2025, incluindo expectativa de crescimento percentual de “duplo dígito baixo” do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) neste ano.

A empresa de telecomunicações também estimou alta percentual na receita de serviços de “um dígito alto” em 2023 ante o ano passado, enquanto o patamar de investimentos sobre a receita líquida deve ficar abaixo de 20%.

WEG

A ação da WEG (WEGE3) subiu 1,36%, reagindo positivamente ao resultado do quarto trimestre divulgado nesta quarta-feira, que mostrou Ebitda de R$ 1,56 bilhão para o período, alta de 38,6% sobre um ano antes.

A fabricante de motores elétricos e tintas industriais também aprovou dividendos complementares de cerca de R$ 950 milhões, correspondente a R$ 0,23 por ação.

TOTVS

O papel da Totvs (TOTS3) recuou 4,16%, após a companhia especializada em software para gestão de empresas reportar resultado operacional medido pelo Ebitda abaixo das expectativas no quarto trimestre, embora acima do desempenho apurado um ano antes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de cerca de R$ 248,4 milhões no trimestre, crescimento ano a ano de 12,7%. Analistas, em média, esperavam R$ 253,6 milhões, segundo dados da Refinitiv.

A receita líquida da companhia somou R$ 1,08 bilhão de outubro a dezembro, avançando cerca de 20,9% sobre um ano antes.

Raízen

A ação da Raízen (RAIZ4) avançou 3,69%. Na véspera, a gigante global de produção de açúcar e etanol reportou resultado mostrando queda de 4% na moagem de cana na safra 2022/23, com efeitos do clima adverso em partes dos canaviais e uma menor área de colheita. O lucro líquido ajustado caiu 79% no terceiro trimestre do ano-safra 2022/2023.

Bolsas mundiais

Wall Street

O índice S&P 500 encerrou em alta nesta quarta-feira, depois que dados de vendas no varejo dos Estados Unidos mais fortes do que o esperado ofereceram evidências de resiliência da economia norte-americana.

Os ganhos, porém, foram limitados diante de receios de novos aumentos na taxa de juros pelo Federal Reserve nos próximos meses.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 subiu 0,27%, para 4.147,48 pontos. O Nasdaq avançou 0,92%, para 12.070,15 pontos. O Dow Jones teve alta de 0,10%, para 34.124,36 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, com os ganhos das empresas de luxo empurrando o índice de blue chips da França para perto de seu nível recorde.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,4%, com um salto de 1,5% na LVMH, empresa de luxo listada em Paris entre os maiores ganhos.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,55%, a 7.997,83 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,82%, a 15.506,34 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,21%, a 7.300,86 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,13%, a 27.533,69 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,34%, a 9.294,80 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,18%, a 5.955,45 pontos.

Ásia

Painel eletrônico com informações de bolsas em Xangai 06/01/2021 REUTERS/Aly Song

As ações da China caíram nesta quarta-feira, acompanhando a fraqueza em outros mercados asiáticos após dados mostrarem inflação ainda elevada nos Estados Unidos, enquanto preocupações geopolíticas e com a economia da China pesaram ainda mais sobre o sentimento dos investidores.

O índice CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 0,52%, enquanto o índice de Xangai caiu 0,39%. O índice Hang Seng de Hong Kong teve queda de 1,43% no dia.

Outras ações asiáticas também registraram perdas após os dados do índice de preços ao consumidor nos EUA e declarações de autoridades do banco central provocaram preocupações entre os investidores de que a taxa de juros ficará mais alta por mais tempo.

Enquanto isso, uma disputa diplomática entre a China e os Estados Unidos se aprofundou, com Pequim acusando Washington de usar balões de alta altitude em seu espaço aéreo e o de outros países, enquanto os militares norte-americanos examinavam os restos de um suposto balão espião chinês que caiu este mês.

Os investidores também aguardam mais provas de uma recuperação econômica depois que Pequim abandonou sua rígida política de Covid zero em dezembro.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,37%, a 27.501 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,43%, a 20.812 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,39%, a 3.280 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,52%, a 4.123 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,53%, a 2.427 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,42%, a 15.432 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,13%, a 3.280 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 1,06%, a 7.352 pontos.

*Com informações da Reuters.

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