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Finanças

Ibovespa cai mais de 3% na semana; dólar encerra a R$ 5,40

Dia foi de alívio nas apostas de alta mais agressiva de juros nos EUA.

O Ibovespa, principal indicador da B3, fechou em queda acentuada na semana, após renovar mínimas desde 2020 na véspera. Apesar dos dados negativos, nesta sexta-feira (15), o indicador encerrou em alta. Em sentido contrário, o dólar fechou alta na semana e em queda na sessão.

No pregão, investidores repercutiram dados de desaceleração da economia chinesa. Mas dados norte-americanos e declarações de autoridades do Federal Reserve (Fed) proporcionaram algum alívio nas preocupações com o ritmo do aumento de juros nos Estados Unidos.

Na semana, o Ibovespa caiu 3,73%. No dia, o indicador subiu 0,45%, a 96.551 pontos. Já o dólar, na semana, subiu 2,6%. No dia, a moeda caiu 0,54%, negociada a R$ 5,4047.

Alívio em temores sobre juros nos EUA

Na visão do gestor de renda variável Naio Ino, da Western Asset, a alta na sessão foi um “respiro técnico” depois de uma semana difícil, quando se colocou na mesa a possibilidade de um aumento de 1 ponto percentual no juro norte-americano.

Tal perspectiva ganhou força após dados na quarta-feira mostrarem que a inflação ao consumidor nos EUA saltou em junho a 9,1%, maior taxa anual mais de quatro décadas.

Nesta sessão, porém, o noticiário norte-americano foi mais apaziguador nesse sentido.

Pesquisa preliminar com consumidores da Universidade de Michigan para julho mostrou que eles veem a inflação em 5,2% em um horizonte de um ano, menor do que os 5,3% de junho e percentual mais baixo desde fevereiro.

Além disso, autoridades do Fed sinalizaram que provavelmente manterão um aumento de 0,75 pontos percentuais na taxa de juros no final do mês.

De acordo com analista Sidney Lima, da casa de análise Top Gain, o mercado vinha “apanhado” há alguns dias por causa dos temores sobre a velocidade da alta dos juros nos EUA para combater a inflação e essas notícias trouxeram um certo alívio.

Um eventual movimento mais agressivo do Fed em sua política monetária para combater a alta dos preços tem preocupado agentes financeiros por causa da chance de uma recessão nos EUA, com reflexos em outras economias.

Ainda no cenário externo, o mercado acompanhou a notícia de que o crescimento da China desacelerou acentuadamente no segundo trimestre, embora dados tenham mostrado aumento surpreendente nas vendas no varejo. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,4% entre abril e junho em relação ao ano anterior, o pior desempenho desde 1992, excluindo uma contração de 6,9% no primeiro trimestre de 2020, devido à pandemia.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações de Wall Street fecharam em alta nesta sexta e encerraram vários dias de baixas, com uma retomada impulsionada por balanços corporativos otimistas, fortes dados econômicos e menos preocupações com um aumento da taxa de juros pelo banco central dos Estados Unidos acima do esperado.

O índice S&P 500 fechou em alta de 1,92%, a 3.863,16 pontos. O Dow Jones subiu 2,15%, a 31.288,26 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite avançou 1,79%, a 11.452,42 pontos.

Europa

As montadoras e as ações de varejo lideraram uma recuperação das bolsas europeias nesta sexta-feira, após dois dias de perdas em que os investidores tiveram de lidar com mudanças nas expectativas de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, uma crise política na Itália e riscos de recessão.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,79%, a 413,78 pontos. Na semana, o índice caiu 0,8%.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,69%, a 7.159,01 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 2,76%, a 12.864,72 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 2,04%, a 6.036,00 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 1,84%, a 20.933,26 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 1,81%, a 7.945,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 2,83%, a 5.914,67 pontos

Ásia e Pacífico

As ações da China tiveram a maior queda em quase 8 semanas nesta sexta, pressionadas por incorporadoras imobiliárias e empresas financeiras, após as ameaças dos compradores de interromper os pagamentos de hipotecas de apartamentos inacabados, apesar da garantia do governo chinês de resolver a crise.

Na semana, o CSI300 perdeu 4,1%, maior queda desde 22 de abril, enquanto que o Hang Seng registrou a maior perda desde março de 2020, de 6,6%.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,54%, a 26.788 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,19%, a 20.297 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,64%, a 3.228 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,70%, a 4.248 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,37%, a 2.330 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,78%, a 14.550 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,28%, a 3.099 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,68%, a 6.605 pontos.

*Com informações Reuters.

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