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Finanças

Ibovespa fecha em alta mesmo após dados fracos da economia da China; dólar sobe

Desaceleração do país veio em meio à politica da ‘covid zero’, que consequentemente tem gerado baixa nas atividades industriais e varejistas.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou em alta nesta segunda-feira (15), resistindo aos dados fracos sobre a atividade econômica chinesa. O dólar também avançou frente ao real, mesmo com temores sobre problemas com a economia global.

No dia, o Ibovespa teve alta de 0,24%, aos 113.031 pontos. Já o dólar avançou 0,38%, negociado a R$ 5,0916.

No pior momento do pregão, pela manhã, o indicador caiu 1,5%, a 111.066,52 pontos, quando prevaleceram preocupações com a economia chinesa.

A alta do indicador veio após o principal índice da bolsa paulista avançar 5,91% na semana passada – a quarta seguida de alta e maior ganho semanal desde novembro de 2020.

Preocupações com a China

Dados mostraram que a economia chinesa desacelerou inesperadamente em julho, com as atividades industriais e varejistas sofrendo com a política de “covid zero” e uma crise imobiliária, o que levou o banco central do país a cortar suas principais taxas de juros inesperadamente nesta segunda-feira, buscando reanimar a demanda.

“Os mercados começam a semana com clima de aversão ao risco, com os dados e o corte surpresa de juros na China pesando no sentimento otimista que vimos desde a última leitura do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos“, disse o Citi em relatório desta segunda-feira.

O dólar recuou na semana passada, repercutindo sinais de alívio da inflação nos EUA após meses de disparada dos preços. Isso levou a uma moderação nas apostas sobre o ritmo de aumento de juros a ser promovido pelo banco central dos EUA, o Federal Reserve (Fed) – o que derrubou o dólar globalmente. No entanto, algumas autoridades do Fed alertaram nos últimos dias que estão longe de declarar vitória em sua luta contra a inflação.

Uma política de juros mais apertada nos EUA tem levantado nos últimos meses temores generalizados sobre possível recessão global, que tendem a ganhar força depois dos dados fracos da China divulgados nesta segunda-feira. Um ambiente de contração econômica mundial seria muito negativo para ativos de países emergentes, alertam especialistas, uma vez que desencadearia movimento de fuga para investimentos mais seguros, como títulos do governo dos EUA ou o dólar.

Cenário interno

Localmente, estrategistas da Travelex disseram em nota que incertezas fiscais podem colaborar para a cautela no mercado, em meio à perspectiva de possível manutenção do Auxílio Emergencial em R$ 600 para o ano que vem. O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) reafirmou no sábado que já teria acertado a permanência desse valor para 2023 com o Ministério da Economia.

Além disso, o mercado repercute a divulgação do  Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Foi registrada alta de 0,69% em junho na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado pelo Banco Central.

Bolsas mundiais

Wall Street

placa de wall street
Placa em frente à Bolsa de Valores de Nova York sinaliza Wall Street 02/10/2020 REUTERS/Carlo Allegri

As ações dos EUA fecharam em alta nesta segunda-feira, ampliando ganhos fortes recentes, com papéis de empresas de megacapitalização e com perfil de crescimento subindo à medida que os rendimentos dos títulos de renda fixa dos EUA caíam.

As ações da Apple Inc e da Microsoft Corp estiveram entre os maiores impulsos para o S&P 500 e o Nasdaq.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 subiu 0,37%, para 4.296,09 pontos, enquanto o Nasdaq Composite teve alta de 0,59%, a 13.123,89 pontos. O Dow Jones avançou 0,42%, para 33.903,57 pontos.

Europa

As ações europeias rondaram máximas de dois meses nesta segunda-feira, depois que sinais de desaceleração da economia chinesa levaram os investidores a se voltarem para setores defensivos, como saúde e bens de consumo, normalmente vistos como imunes aos ciclos de negócios.

O índice pan-europeu STOXX 600 subiu 0,3%. Ele foi negociado perto dos níveis necessários para recuperar todas as perdas de junho, quando os temores sobre aumentos agressivos da taxa de juros dos Estados Unidos e de recessão dominaram o sentimento.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,11%, a 7.509,15 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,15%, a 13.816,61 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,25%, a 6.569,95 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,49%, a 22.970,73 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,32%, a 8.427,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,43%, a 6.194,53 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China caíram nesta segunda-feira em meio a preocupações com o crescimento.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,14%, a 28.871 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,67%, a 20.040 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,02%, a 3.276 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,13%, a 4.185 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,16%, a 2.527 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 0,84%, a 15.417 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,38%, a 3.256 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,45%, a 7.064 pontos.

*Com informações da Reuters.

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