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Finanças

Ibovespa recua mais de 2% na semana; dólar fecha cotado a R$ 5,25

Mercado segue atento aos riscos de uma recessão nos EUA devido ao aumento dos juros pelo Fed.

O principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa, encerrou em queda nesta sexta-feira (16), acompanhando o declínio de ações norte-americanas, com agentes financeiros ainda aflitos com os riscos à economia dos Estados Unidos de um ciclo mais forte de alta de juros pelo Federal Reserve.

O Ibovespa recuou no dia 0,61%, aos 109.280 pontos. Na semana, desvalorizou 2,69%. Já o dólar recuou 0,38%, negociado a R$ 5,2587. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 2,17%. No mês, teve variação positiva de 1,15%.

Cenário externo

Especialistas citaram expectativas crescentes de que o banco central dos EUA, o Federal Reserve, daria sequência a seu agressivo ciclo de alta dos juros em sua próxima reunião, visão que foi alimentada nesta semana por dados mais altos do que o esperado sobre a inflação e a atividade na maior economia do mundo.

“Esperamos que a autoridade monetária eleve as taxas de juros em 0,75 ponto percentual (a terceira consecutiva dessa magnitude), porém há um receio nos mercados de que o Fed possa adotar um tom ainda mais duro”, disse mais cedo o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em relatório.

“Na Ásia, nem mesmo dados de atividade de agosto, melhores do que o esperado, conseguiram reverter o ambiente de preocupação com a postura que será adotada pelo Fed e o temor de recessão global… Nesse cenário, o dólar se fortalece ante as principais moedas.”

Participantes do mercado alertaram que o clima de aversão a risco visto nos últimos pregões pode perdurar até a conclusão da reunião de política monetária do Fed, na semana que vem. O encontro começará na terça e se encerrará na quarta, com previsão de anúncio da decisão sobre a taxa de juro às 15h (de Brasília). O banco central norte-americano já subiu os custos de empréstimo em 2,25 pontos percentuais desde março deste ano, conforme enfrenta uma inflação persistente.

Dados desta sexta-feira mostraram que tanto a produção industrial quando as vendas no varejo da China superaram acentuadamente as projeções de analistas no mês passado. Apesar da surpresa positiva, os preços de algumas commodities sensíveis ao país asiático, como minério de ferro, mostravam queda no dia –um suporte a menos para divisas expostas a esse tipo de produto, como o real e outros pares latino-americanos.

Cenário interno

O Banco Central do Brasil também fará sua próxima reunião de política monetária na semana que vem, nos mesmos dias que o encontro do Fed. Contratos futuros de juros mostram probabilidade implícita de 60% de manutenção da taxa Selic no nível atual de 13,75% ao ano, mas ainda há 40% de chance de haver aumento residual para 14%.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em queda nesta sexta-feira, nas mínimas em dois meses, após um alerta da FedEx sobre desaceleração na demanda global intensificar a busca de investidores por segurança ao fim de uma semana tumultuada.

Os três principais índices acionários dos EUA recuaram para níveis não atingidos desde meados de julho, com o S&P 500 fechando abaixo de 3.900 pontos, um importante nível de suporte.

Ao término de uma semana marcada por preocupações inflacionárias, aumentos iminentes da taxa de juros e sinais de ameaça à economia, os índices S&P 500 e Nasdaq sofreram suas piores quedas percentuais semanais desde junho.

“Foi uma semana difícil. Parece que o Halloween chegou mais cedo”, disse David Carter, diretor administrativo do JPMorgan em Nova York. “Estamos enfrentando essa mistura tóxica de inflação elevada, taxa de juros alta e crescimento baixo, o que não é bom para os mercados de ações ou títulos.”

O índice S&P 500 fechou em queda de 0,72%, a 3.873,33 pontos. O Dow Jones caiu 0,45%, a 30.822,42 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 0,9%, a 11.448,40 pontos.

Nove dos 11 principais índices setoriais do S&P 500 encerraram no território negativo. Os setores industrial e de energia sofreram as quedas percentuais mais acentuadas.

O índice de volatilidade da CBOE, muitas vezes chamado de “índice do medo”, atingiu máxima em dois meses e disparou acima de um nível associado à maior ansiedade de investidores.

Europa

Bolsa de Frankfurt, Alemanha 15/09/2022 REUTERS/Staff

As ações europeias caíam mais de 1% nesta sexta-feira, com os alertas de recessão de duas grandes instituições financeiras globais e as apostas de um grande aumento da taxa de juros do Federal Reserve dos Estados Unidos na próxima semana abalando a confiança dos investidores.

  • O índice FTSEurofirst 300 tinha queda de 1,00%, a 1.622 pontos.
  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuava 0,01%, a 7.281 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caía 1,67%, a 12.740 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdia 1,28%, a 6.078 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha desvalorização de 0,85%, a 22.176 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrava baixa de 0,78%, a 8.022 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizava-se 0,48%, a 5.885 pontos.

*Com informações da Reuters.

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