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Finanças

Ibovespa tem nova alta com impulso de commodities; dólar cai para R$ 5,03

Mercado também reagiu à mudança de juros nos Estados Unidos.

Edifício-Sede do Banco Central em Brasília
Edifício-Sede do Banco Central em Brasília

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, subiu nesta quinta-feira (17), estendendo a alta de 2% da véspera, com ajuda das ações de commodities e de bancos e em meio aos ganhos em Wall Street. O mercado também reagiu às elevações de juros no Brasil e Estados Unidos. Já o dólar terminou o pregão em firme queda.

No dia, o indicador subiu 1,77%, aos 113.076 pontos. O dólar caiu 1,15%, a R$ 5,0338.

No dia anterior, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, que foi a 11,75% ao ano. Com isso, o Banco Central colocou em prática o plano de reduzir a intensidade do ciclo de alta de juros para conter a inflação, e indicou ajuste da mesma magnitude na próxima reunião, apesar de destacar a incerteza sobre o atual cenário.

Investidores também repercutiam a decisão do Federal Reserve (Fed) de elevar os juros em 0,25 ponto percentual nos Estados Unidos. O banco central norte-americano apresentou um plano agressivo para empurrar os juros no país a níveis restritivos no próximo ano, diante das preocupações com a inflação alta e a guerra na Ucrânia.

Thomas Giuberti, economista e sócio da Golden Investimentos, avaliou que os bancos centrais, no geral, passaram a mostrar preocupação muito maior com a inflação, que há alguns meses era vista apenas como temporária.

“Os BCs reconhecem, sim, muito, a inflação, e a função de reação está ligada de que tanto o BC brasileiro quanto o americano vão aumentar a dose do remédio – ou seja, os juros – se necessário.”

Dólar pode cair mais?

Falando sobre o impacto disso no câmbio, Giuberti acredita que o real, que já vem se beneficiando de fluxos estrangeiros para o Brasil neste início de ano, tem espaço para se valorizar ainda mais caso o BC seja mais agressivo na alta da Selic.

“O real vem performando bem porque teve uma rotação global para commodities, veio um fluxo muito grande de recursos e ainda temos o carrego voltando a ficar muito bom”, disse ele, referindo-se aos retornos oferecidos pelo real em estratégias que buscam lucrar com diferenciais de juros. “A gravidade puxa em favor do real.”

Ele ponderou que há incertezas à frente para o mercado de câmbio doméstico, como as eleições presidenciais, mas reforçou que o juro alto no Brasil é um fundamento que não pode ser ignorado pelos investidores.

Estrategistas do Citi disseram em relatório desta quinta-feira que “o real tem potencial de operar bem” na esteira da decisão do Copom, mas também condicionou essa expectativa ao apetite por risco global.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os três principais índices de Wall Street fecharam em alta de mais de 1% nesta quinta-feira, com investidores avaliando a trajetória de elevações da taxa de juros pelo Federal Reserve à frente e em meio a uma redução de preocupações com a perspectiva de um calote russo depois que os credores receberam os pagamentos.

Os investidores foram tranquilizados de que a Rússia pode, pelo menos por enquanto, ter evitado o que teria sido seu primeiro default de títulos externos em um século. Isso ocorreu porque os credores receberam o pagamento, em dólares, de cupons de títulos russos que venceram nesta semana, disseram duas fontes do mercado à Reuters na quinta-feira.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 teve alta de 1,20%, para 4.410,13 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 1,28%, para 13.609,03 pontos, e o Dow Jones Industrial Average subiu 1,18%, para 34.466,40 pontos.

Europa

As ações europeias subiram em negociações agitadas nesta quinta-feira, também repercutindo a decisão do Fed, enquanto investidores acompanhavam de perto as negociações entre Rússia e Ucrânia. O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 0,45%, a 450,49 pontos, reduzindo as perdas acumuladas no mês de março causadas pelo conflito na Ucrânia.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 1,28%, a 7.385,34 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,36%, a 14.388,06 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,36%, a 6.612,52 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,62%, a 24.133,23 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,38%, a 8.412,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 1,25%, a 5.692,74 pontos

Ásia e Pacífico

As ações da China fecharam em alta nesta quinta-feira, ampliando o salto da sessão anterior depois que o primeiro-ministro do país garantiu aos mercados estabilidade e suporte, enquanto as expectativas de avanço nas discussões de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia também impulsionavam o sentimento.

  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 7,04%, a 21.501 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 1,40%, a 3.215 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,96%, a 4.237 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,33%, a 2.694 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 3,00%, a 17.448 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,97%, a 3.322 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,05%, a 7.250 pontos.

*Com informações da Reuters.

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