O Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira (20), apoiado no avanço de ações de bancos, após uma sessão volátil, em véspera de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil, com a queda dos papéis da Vale (VALE3) atuando como contrapeso. Já o dólar caiu frente ao real pelo segundo dia consecutivo, depois de muito vaivém durante a sessão.
No dia, o Ibovespa avançou 0,62%, aos 112.516 pontos. Já o dólar caiu 0,25%, negociado a R$ 5,1520.
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Fed
Por trás da cautela dos investidores neste dia estava a expectativa de que o Federal Reserve subirá sua taxa de juros em, pelo menos, 0,75 ponto percentual ao fim de seu encontro de política monetária, que começa nesta terça-feira e se encerrará na quarta-feira. O mercado vê pequenas chances de o Fed promover ajuste ainda maior nos custos dos empréstimos, de 1 ponto percentual completo.
Juros mais altos nos EUA tendem a beneficiar o dólar globalmente, já que tornam os retornos da renda fixa norte-americana mais atraentes, direcionando recursos para o país. Além disso, uma política monetária mais apertada restringe os gastos de empresas e famílias, o que tem levantado temores sobre a saúde da economia.
Copom
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também dá início nesta terça-feira a sua reunião de dois dias. A maior parte dos mercados financeiros espera que a taxa Selic seja mantida no patamar atual de 13,75%, mas há quem espere aumento residual dos juros a 14%.
Para Marcus Labarthe, sócio-fundador da GT Capital Investimentos, a taxa básica de juros deve se manter nos patamares atuais.
“Parece óbvio, mas a diversificação é fundamental neste momento de incerteza. Então, neste cenário, sugiro ao investidor buscar segurança na renda fixa. Posições em que a Selic ou IPCA predominam são as mais indicadas. (…) O investidor tem muito a ganhar com os ativos pós-fixados atrelados à taxa Selic. Enquanto isso, ao investir no IPCA, também estará garantindo proteção em relação à inflação, que no ano, ainda está fora da meta”, comenta Labarthe.
Bolsas mundiais
Wall Street
Wall Street fechou em queda nesta terça-feira, com os operadores, já cautelosos em fazer novas apostas às vésperas de uma decisão do banco central dos Estados Unidos que deve trazer outro grande aumento da taxa de juros, assimilando mais evidências de que a inflação está atrapalhando as empresas norte-americanas.
De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 1,12%, para 3.856,28 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,94%, para 11.427,15 pontos. O Dow Jones caiu 0,99%, para 30.712,79 pontos.
Europa
As ações europeias fecharam em mínimas de 11 semanas nesta terça-feira, estendendo suas perdas para uma sexta sessão consecutiva, já que as expectativas de outro grande aumento de juros pelo Federal Reserve mantiveram as apostas mais arriscadas sob controle.
- Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,61%, a 7.192,66 pontos.
- Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,03%, a 12.670,83 pontos.
- Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,35%, a 5.979,47 pontos.
- Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 1,66%, a 21.773,75 pontos.
- Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,50%, a 7.873,10 pontos.
- Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,15%, a 5.772,37 pontos.
Ásia
No continente asiático, “a maratona das reuniões de política monetária dos bancos centrais começou sem surpresa, com o People’s Bank of China (PBOC) mantendo a sua taxa de política inalterada em 3,65%”, de acordo com a Nova Futura Investimentos, corretora de valores,.
As bolsas principais fecharam em leve alta, com Nikkei subindo 0,44% e Shanghai tendo alta de 0,22%.
*Com informações da Reuters.
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