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Finanças

Dólar e Ibovespa fecham em queda, de olho em cenário externo

Investidores também operam na expectativa por dados que serão divulgados na semana.

O dólar e o Ibovespa encerraram em queda nesta segunda-feira (26), com o mercado na expectativa pelos dados econômicos que serão divulgados nesta semana, e também atento aos desdobramentos de um motim interrompido na Rússia no final de semana. No cenário interno, a repercussão foi pela nova redução nas expectativas de inflação do Boletim Focus.

No dia, o dólar caiu 0,24%, a R$ 4,7661. Já o Ibovespa recuou 0,62%, aos 118.242 pontos.

Um motim abortado de mercenários russos levantou questões sobre a estabilidade russa e o fornecimento de petróleo, mas deixou os investidores hesitantes em tirar mais conclusões. A cotação do Brent e do WTI recuava no fim da tarde.

“Um acordo já foi fechado entre os dois lados, mas os investidores ponderam os efeitos dessa reviravolta sobre os ativos de risco, sobretudo no setor de energia”, destacou a Nord em relatório.

Combatentes do grupo mercenário russo Wagner começam a deixar Rostov-on-Don 25/06/2023 REUTERS/Stringer

Ainda do cenário externo, o dia é marcado por temores sobre a economia global após a divulgação de dados fracos e perspectivas de juros ainda altos nas principais economias, conforme destacou a Nova Futura em relatório.

“Mercados iniciam a semana no negativo, após tentativa de golpe do grupo Wagner na Rússia, com as bolsas sentindo a perspectiva de recessão global, após decepção com os PMIs e subida de tom dos BCs da semana passada, além do índice Ifo frustrante hoje.”

A Genial Investimentos também destacou em relatório a “incerteza sobre o crescimento econômico e a direção da política monetária, após a instabilidade gerada pelos riscos de uma tentativa de levante armado na Rússia”.

Já a Guide ressalta que por enquanto “os impactos do evento estão limitados ao mercado de commodities“.

Cenário interno

No Brasil, economistas continuaram reduzindo suas projeções para a inflação brasileira deste ano e do próximo, mostrou o boletim semanal Focus, e mantiveram expectativa de que o Banco Central começará a cortar juros já em agosto, apesar de a autarquia não ter sinalizado essa possibilidade em seu último comunicado de política monetária.

“Apesar de mais uma manutenção da taxa de juros na última reunião do Copom, seguimos otimistas com relação a um provável ciclo de queda da taxa de juros, o que pode seguir beneficiando principalmente as ações voltadas para crescimento e/ou mais sensíveis a juro“, disse a Nord.

O mercado aguarda na terça-feira dados do IPCA-15 de junho e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), já de olho na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na quinta-feira, que deve deliberar sobre metas de inflação.

“Embora menos pronunciado do que na semana passada, o processo de reancoragem (das expectativas de inflação do Focus) parece ainda estar em curso, provavelmente refletindo uma avaliação de menor probabilidade de aumento da meta de inflação a ser discutida nesta quinta-feira pelo Conselho Monetário Nacional (CMN)”, disse o Citi em relatório.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos fecharam em baixa nesta segunda-feira.

Segundo dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,43%, para 4.329,43 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 1,16%, para 13.335,78 pontos. O Dow Jones caiu 0,02%, para 33.720,74 pontos.

Europa

As ações europeias recuaram nesta segunda-feira, lideradas pelo setor de saúde, enquanto as ações de defesa caíram após o motim abortado no fim de semana na Rússia.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 0,10%, a 452,68 pontos, ampliando as perdas para a sexta sessão consecutiva.

“O que vimos hoje é provavelmente as pessoas avaliando que a guerra na Ucrânia pode terminar um pouco mais cedo e, portanto, muitas empresas de defesa caíram”, disse Shanti Kelemen, diretor de investimentos da M&G Wealth and &me. “É muito cedo para precificar algo no mercado, por isso o movimento realmente limitado nas ações de defesa.”

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,11%, a 7.453,58 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 0,11%, a 15.813,06 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 0,29%, a 7.184,35 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,12%, a 27.242,91 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,09%, a 9.274,00 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,68%, a 5.908,51 pontos.

Ásia e Pacífico

Os mercados acionários da China e de Hong Kong fecharam em baixa pela quarta sessão consecutiva nesta segunda-feira, uma vez que dados de turismo durante o feriado de três dias do Festival do Barco do Dragão, na semana passada, apontaram para fraqueza da recuperação econômica.

As viagens de turismo na China durante o feriado do subiram 32,3% em relação ao ano anterior, mas a recuperação é menor do que a observada durante o feriado de cinco dias do Dia do Trabalhador, em maio.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,25%, a 32.698 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,51%, a 18.794 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,48%, a 3.150 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,41%, a 3.809 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,47%, a 2.582 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,83%, a 17.059 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,06%, a 3.189 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,29%, a 7.078 pontos.

*com informações da Reuters.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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