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Finanças

Ibovespa fecha acima dos 100 mil pontos, puxado por Vale e Petrobras; dólar cai

Investidores seguiram atentos às pistas sobre o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos.

O Ibovespa, principal índice da B3, subiu nesta segunda-feira (27) voltando aos 100 mil pontos, puxado pelo forte avanço das ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3 e PETR4). Já o dólar reverteu ganhos iniciais e fechou em queda contra o real, pressionado por um clima internacional ameno e pela valorização de várias commodities.

No dia, o Ibovespa avançou 2,12%, aos 100.763 pontos. Já o dólar caiu 0,37%, negociado a R$ 5,2334.

As ações da Vale e da Petrobras se destacaram entre as maiores altas do dia, impulsionando o Ibovespa devido ao peso importante que têm sobre a composição do indicador.

A Vale acompanhou a variação dos contratos futuros de minério de ferro, que atingiram máximas nas bolsas de Dalian e Cingapura, chegando a subir acima de US$ 120 a tonelada, com animação nos mercados asiáticos pela falta de novos casos de covid na China. A flexibilização das restrições possibilitou o retorno das escolas às aulas presenciais e outros setores da economia, e impulsionaram os mercados.

Já a Petrobras subiu após informar que seu Conselho de Administração decidiu nesta segunda-feira, por maioria, nomear Caio Mário Paes de Andrade como conselheiro e o elegeu para o cargo de presidente-executivo da companhia.

Documentos divulgados no sábado (25) mostraram que o indicado do presidente Jair Bolsonaro ao cargo disse ao Comitê de Elegibilidade (Celeg) não ter recebido orientações do governo em relação à mudança da política de preços da estatal.

Cenário

Investidores seguem atentos às pistas sobre o rumo da taxa de juros nos Estados Unidos, de olho também nos temores em relação a uma recessão no país.

Na visão do sócio da Manchester Investimentos Eduardo Cubas Pereira, a bolsa ainda reage ao tom mais duro do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, para combater a inflação – o que indica mais velocidade na alta de juros.

Apesar do risco de recessão no curto prazo, acrescentou, o entendimento é de que pode representar controle mais rápido dos preços e retorno ao padrão normal de crescimento sem inflação mais cedo.

Além disso, apesar da alta no pregão brasileiro nesta sessão, estrategistas do JPMorgan publicaram relatório afirmando que veem questões domésticas atrapalhando uma melhora do mercado acionário local nos próximos meses, a despeito de um esperado ambiente global mais positivo.

“Nosso ponto de vista otimista em relação ao Brasil sempre foi baseado na história global… No entanto, acreditamos que os próximos meses serão dominados pelo fluxo de notícias doméstico, que geralmente não é uma fonte de boas notícias”, afirmaram.

Pacote no Congresso eleva gastos em R$ 25,5 bi e pressiona teto
Congresso Nacional (Foto: Marcello Casal / Agência Brasil)

Receios fiscais locais ganharam força desde que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), relator da chamada PEC dos Combustíveis, afirmou que o texto vai incluir na Constituição federal um aumento de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil, reajuste do auxílio-gás em torno de R$ 70 e a criação de um “voucher caminhoneiro” de R$ 1 mil.

Estas são propostas que sugerem aumento do gasto público no curto prazo e possível rompimento do teto de gastos, alertaram em relatório analistas da Genial Investimentos.

“Mais preocupante é a ofensiva de membros e apoiadores do governo no sentido de mudar reformas estruturais importantes que foram aprovadas nos últimos seis anos e que têm sido fundamentais para gerar equilíbrio fiscal”, continuaram, dizendo enxergar ameaça à Lei das Estatais em meio ao que muitos veem como interferência política na Petrobras.

Bolsas mundiais

Wall Street

As ações dos Estados Unidos encerraram em baixa nesta segunda-feira.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 perdeu 0,30%, para 3.900,05 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 0,91%, para 11.501,92 pontos, e o Dow Jones Industrial caiu 0,18%, para 31.445,11 pontos.

Europa

As ações europeias fecharam em máximas em duas semanas nesta segunda-feira, impulsionadas pelo setor de mineração uma vez que a flexibilização das restrições contra a Covid-19 na China melhorou o sentimento global.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,69%, a 7.258,32 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,52%, a 13.186,07 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,43%, a 6.047,31 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,86%, a 21.928,81 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 0,02%, a 8.242,60 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,41%, a 6.054,94 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China subiram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, com os setores de turismo e consumo liderando os ganhos, depois que o principal chefe do partido em Xangai declarou vitória sobre a covid-19 após a cidade informar que não houve novos casos locais pela primeira vez em dois meses.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 1,43%, a 26.871 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,35%, a 22.229 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,88%, a 3.379 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,13%, a 4.444 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,49%, a 2.401 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,60%, a 15.548 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,83%, a 3.137 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 1,94%, a 6.706 pontos.

*Com informações da Reuters.

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