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Finanças

Ibovespa volta a 112 mil pontos e dólar fecha novembro em R$ 5,20

Dia foi de alta no mercado, mas principal indicador da bolsa caiu 3% em novembro.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em alta nesta quarta-feira (30), apoiado pelo cenário externo favorável a ativos de risco, mas registrou desempenho negativo em novembro, pressionado por incertezas relacionadas principalmente ao rumo fiscal do país.

O Ibovespa subiu 1,42% no pregão, aos 112.486 pontos, mas em novembro recuou 3,06%. O dólar fechou em queda de 1,63%, aos R$ 5,2016, mas no mês acumulou um avanço de 0,7% sobre o real.

As ações de Petrobras (PETR4) subiram 5,04% e também ajudaram a dar um suporte de alta, devido ao peso no indicador. A Vale (VALE3) subiu 1,5%.

PEC

Persistia no mercado financeiro a esperança de que o texto da PEC da Transição, que atualmente propõe gastos extrateto de quase R$ 200 bilhões por quatro anos, possa ser lapidado durante tramitação no Congresso.

“O principal é o alinhamento do novo governo e o Senado; a PEC deve andar bem, com expectativa de que fique abaixo do valor pretendido inicialmente”, disse à Reuters Bruno Mori, economista e planejador financeiro pela Planejar. “Essa desidratação traz um pouco de alívio.”

Por outro lado, investidores continuavam incertos sobre quem será o escolhido de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar o Ministério da Fazenda, o que infligia instabilidade aos negócios.

Após semanas tendo quase como certa a indicação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) à pasta, alguns agentes financeiros reagiram bem a reportagem de terça-feira do Poder 360 de que Lula teria voltado a cogitar a nomeação do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, nome mais moderado, de forma a apaziguar os mercados.

“Continuamos em um ambiente onde ‘balões de ensaio’ são utilizados por Lula para testar a sociedade e o mercado. Com uma visibilidade mais baixa, é natural que tenhamos que conviver com uma volatilidade mais alta, sem grandes tendências nos ativos locais”, disse Dan Kawa, CIO da TAG Investimentos, em nota a clientes.

Além disso, no Brasil, também houve a divulgação da taxa de desemprego no Brasil, que ficou em 8,3% no último trimestre até outubro, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (30).

Economia dos EUA

No exterior, o foco nesta quarta-feira recaía sobre o Federal Reserve, de olho no discurso do chefe Jerome Powell. Ele disse que o banco central norte-americano pode reduzir o ritmo de seus aumentos de juros já em dezembro.

Outro destaque do dia foi o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, que cresceu 2,9% no terceiro trimestre de 2022, a ritmo anualizado, de acordo com a segunda leitura do indicador, divulgada pelo Departamento do Comércio. 

Cenário na China e Europa

“O otimismo com a reabertura da China está realmente começando a se espalhar”, disse Giles Coghlan, analista-chefe de mercado da HYCM.

Ele disse que a confiança do investidor está aumentando com a aceleração dos planos de vacinação do governo chinês e uma postura mais branda das autoridades de saúde em relação às políticas de controle da Covid no país.

Enquanto isso, dados mostraram que os preços ao consumidor na zona do euro subiram 10,0% em novembro, após um aumento de 10,6% em outubro. O número ficou bem abaixo das expectativas de 10,4% em uma pesquisa da Reuters com analistas, reforçando argumentos por uma desaceleração nos aumentos dos juros do Banco Central Europeu no próximo mês.

Bolsas mundiais

Wall Street

Wall Street fechou em forte alta nesta quarta-feira, depois das falas de Powell. O S&P 500 se recuperou de perdas anteriores e o Nasdaq disparou após a divulgação dos comentários de Powell, preparados para discurso na Brookings Institution, em Washington.

De acordo com dados preliminares, o S&P 500 ganhou 3,06%, a 4.078,81 pontos, enquanto o Nasdaq Composite saltou 4,41%, para 11.468,40 pontos. O Dow Jones Industrial Average subiu 2,12%, para 34.568,74 pontos.

Europa

O índice STOXX 600 fechou em alta nesta quarta-feira e registrou seu segundo mês consecutivo de ganhos devido à expectativa de alivio das restrições contra covid-19 na China e depois que dados mais frios da inflação na zona do euro reforçaram a possibilidade de aumentos menores dos juros pelo Banco Central Europeu.

O índice pan-europeu subiu 0,6% e terminou novembro com um ganho de 6,8%, seu melhor desempenho mensal desde julho.

  • O índice FTSEurofirst 300 fechou em alta de 0,76%, a 1.741,56 pontos.
  • Em LONDRES, o índice Financial Times avançou 0,81%, a 7.573,05 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX subiu 0,29%, a 14.397,04 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 ganhou 1,04%, a 6.738,55 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,59%, a 24.610,29 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 fechou estável, em 8.363,20 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 valorizou-se 0,55%, a 5.862,69 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações da China e de Hong Kong tiveram nova alta nesta quarta-feira, com os participantes do mercado comemorando uma flexibilização das medidas contra a Covid-19 na cidade de Guangzhou e as ações de automóveis subindo com a expectativa de possíveis políticas favoráveis ao setor.

As ações de automóveis lideraram os ganhos com os fortes números de vendas de outubro, apesar do impacto da Covid. Relatos sobre um movimento da indústria para sugerir que o governo estenda sua isenção de imposto sobre a compra de veículos também contribuíram para o bom humor do mercado.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,21%, a 27.968 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 2,16%, a 18.597 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,05%, a 3.151 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,12%, a 3.853 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,61%, a 2.472 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou alta de 1,16%, a 14.879 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,43%, a 3.290 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,43%, a 7.284 pontos.

*Com informações da Reuters.

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