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Finanças

Ibovespa fecha em alta de 0,74%, puxado por Weg e de olho no 1º dia de vacinação

Dólar fecha estável dividido entre imunização e temores fiscais

ações

Dia otimista para os mercados, mesmo com Wall Street fechado pelo feriado de Martin Luther King, o Ibovespa encontrou seu rumo e fechou em alta de 0,74%, aos 121.241,63 pontos nesta segunda-feira (18).

Durante o dia, o índice chegou até superar os 122 mil pontos com os investidores monitorando o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil.

No mercado corporativo, o desempenho das ações de siderurgia, mineração e Petrobras também foram drivers da alta. Mas o destaque do dia foi da Weg (WEGE3) que liderou os ganhos e saltou 7,02%.

Neste domingo (17), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas da AstraZeneca e da Sinovac contra o coronavírus. O estado de São Paulo começou a vacinar ainda ontem, enquanto a vacinação nacional ficou marcada para começar hoje às 17h em todos os estados após a distribuição de doses da Coronavac.

O dólar encerrou estável, dividido entre investidores monitorando a vacinação e temores fiscais. O dólar comercial fechou em leve alta de 0,01% cotado a R$ 5,3047. Na máxima do dia, a moeda americana chegou a R$ 5,3226.

Ainda no cenário doméstico, o mercado repercutiu o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Em novembro, o índice subiu 0,59% na comparação com o mês anterior. Embora mostrando recuperação desde abril, a expansão mostrando contínua perda de força.

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No cenário externo, as bolsas americanas no operaram por causa da comemoração do feriado de Martin Luther King Jr.

Na Europa também foi um dia positivo apesar dos investidores estarem divididos com a situação da pandemia no continente, que ainda é incerta, e mudanças na política da Alemanha e Itália.

A maior alta foi da bolsa de Milão (FTSE MIB) que subiu 0,53%, a 22.498,89 pontos, na espera dos desdobramentos da crise política no país envolvendo o governo do premiê Giuseppe Conte.

Outro destaque é o resultado positivo da economia da China divulgado nesta segunda. O PIB chinês cresceu 2,3% em 2020, mostraram dados oficiais, com a economia expandindo 6,5% no quarto trimestre na comparação com o mesmo período do ano anterior, acima de expectativa em pesquisa da Reuters de 6,1%.

“O crescimento foi puxado fortemente por manufaturas e exportações, em especial de uma série de produtos conectados ao problema viral no mundo, principalmente após um reduzido consumo interno”, comentou em relatório o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.

O analista José Falcão, da Easynvest, aponta que “os dados bons do PIB, produção industrial e varejo na China deram o start para um dia otimista no mercado. O lançamento da Coronavac ontem também – em que pesem problemas de produção e logística.”

Boletim Focus

O dia teve ainda a divulgação do Boletim Focus, com as previsões do mercado financeiro para a economia brasileira. Para o PIB, a projeção subiu de 3,41% para 3,45% em 2021.

  • Para a inflação, a projeção passou de 3,34% para 3,43%.
  • O câmbio permaneceu em R$ 5 para 2021.
  • Enquanto a projeção da Selic também foi mantida em 3,25% para o final de 2021.

Ainda nesta quarta-feira (20), o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anuncia a primeira decisão do ano sobre a Selic. O consenso do mercado prevê a manutenção da taxa de juros estável em 2% ao ano.

Destaques da Bolsa

A maior alta do dia foi da Weg (WEGE3) que disparou 7,02%. Seguida das ações da Natura (NTCO3) e do Banco BTG (BPAC11) que avançaram 5,16% e 3,97%, respectivamente.

No lado oposto do índice caiu a PetroRio (PRIO3) que recuou 1,94%, acompanhando a desvalorização do petróleo internacional.

Hoje os contratos futuros de petróleo fecharam em queda por causa da alta do dólar e temores sobre o aumento de casos de covid-19 pelo mundo. A pandemia ainda ofusca a recuperação de países como a China.

O petróleo Brent para março caiu 0,58%, cotado a US$ 54,78 o barril. Enquanto o WTI para fevereiro recuou 0,57%, negociado a US$ 52,12 o barril.

Entre os destaques negativos caíram também as ações da Equatorial Energia (EQTL3) com baixa de 2,14% e os papéis da BRF (BRFS3) que desvalorizaram 1,78%.

Bolsas na Europa

Os principais índices acionários da Europa fecharam a maioria em alta nesta segunda-feira (18), diante do menor nível de negociações por conta do feriado de Martin Luther King nos Estados Unidos, que fechou as bolsas americanas. No foco de investidores, a situação da pandemia do coronavírus no continente ainda é incerta, com o avanço da vacinação contrapondo o aumento de casos, hospitalizações e mortes pela doença. O mercado ainda reage aos cenários políticos internos de Alemanha, com a eleição do sucessor de Angela Merkel, e Itália, com a possível queda do governo de Giuseppe Conte.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,21%, a 408,70 pontos.

Único dentre os principais mercados a fechar em baixa, o FTSE 100 da bolsa de Londres recuou 0,22% nesta segunda, a 6.720,65 pontos. No domingo, o secretário de Relações Exteriores do país, Dominic Raab, indicou que as restrições adotadas para frear o avanço local da covid-19 não devem ser relaxadas até março, em entrevista à Sky News. Contrariando a direção negativa do índice londrino, a AstraZeneca fechou em alta de 1,11% nesta segunda, após o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, dizer que o país deve aprovar o uso emergencial da vacina da empresa em “uma ou duas semanas”.

Na Alemanha, as medidas de contenção contra a pandemia parecem começar a fazer efeito. De acordo com dados do Instituto Robert Koch, o país registrou 7.141 novas infecções nas últimas 24 horas, cerca de 5 mil a menos do que há uma semana. O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, disse, porém, que a situação ainda está longe do ideal, em entrevista a uma rádio local.

A bolsa alemã também reagiu à escolha de Armin Laschet como líder do CDU, partido da chanceler Angela Merkel. Considerado moderado, Laschet deve dar continuidade ao governo de Merkel caso seja eleito em pleito marcado para setembro deste ano. O índice DAX, de Frankfurt, fechou em alta de 0,44%, a 13.848,35 pontos.

Em Paris, os ganhos foram mais modestos, com o índice CAC 40 encerrando as negociações em alta de 0,10%, a 5.617,27 pontos. O setor industrial concentrou os principais destaques do pregão desta segunda na França, com ArcellorMittal (+2,42%) e o grupo Bouygues (+2,17%) ocupando a primeira e segunda posições do índice entre as maiores altas.

Já na Itália, o índice FTSE MIB teve a maior alta do dia, de 0,53%, a 22.498,89 pontos, à medida em que o mercado espera os desdobramentos da crise política no país envolvendo o governo do premiê Giuseppe Conte.

Em Madri, o índice IBEX 35 subiu 0,30%, a 8.248,00 pontos, enquanto o PSI 20 de Lisboa avançou 0,42%, a 5.059,34, apesar da recente declaração da ministra da Saúde de Portugal, Maria Temido, alertando para um possível colapso do sistema de saúde do país por conta da covid-19.

*Com Reuters e Agência Estado

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