A recuperação do bitcoin desencadeada pela vitória eleitoral do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, no início de novembro, está estagnando à medida que 2024 se aproxima do fim.
O ativo digital oscilou em US$ 93.922 (cerca de R$ 581,6 mil) a partir das 6h30 de terça-feira (31) em Nova York, cerca de US$ 15.000 abaixo do recorde de alta estabelecido em meados de dezembro. Tokens menores, como o Ether e o Dogecoin, favorito da multidão de memes, também tiveram dificuldades para ganhar força.
A preferência de Trump por regulamentações favoráveis às criptomoedas e o apoio à ideia de uma reserva nacional de bitcoin impulsionaram os ativos digitais. Mas a redução das expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve esfriou o frenesi especulativo.
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É provável que surja mais clareza sobre o regime de criptografia dos EUA depois que Trump assumir a presidência americana em 20 de janeiro. A posição do republicano contrasta com a administração do presidente Joe Biden, que reprimiu o setor propenso a escândalos.
Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group, disse que “o ímpeto saiu do movimento pós-eleitoral” no bitcoin, em parte devido a saídas de fundos negociados em bolsa para o token. O grupo de uma dúzia de ETFs nos EUA registrou uma saída líquida de quase US$ 1,8 bilhão desde 19 de dezembro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Enquanto isso, a MicroStrategy Inc., fabricante de software que se tornou acumuladora de bitcoin, tem estado em uma onda de compras nas últimas semanas. Os traders estão esperando para ver se a empresa – que possui mais de US$ 40 bilhões do ativo digital – continuará com o padrão de anunciar compras de bitcoin às segundas-feiras.
A criptomoeda original subiu cerca de 120% este ano, superando os investimentos tradicionais, como ações globais e ouro. O bitcoin também mais do que dobrou em 2023 em um retorno de um profundo mercado em baixa.
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