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Interoperabilidade a mil: projeto Chainlink e SWIFT fecharam parceria

A SWIFT vai aproveitar a solução da Chainlink para oferecer transferências de ativos digitais no blockchain.

*ARTIGO

Chegou a vez do sistema interbancário global SWIFT se adaptar às tecnologias e demandas por criptomoedas: no dia 28 de setembro, a gigante financeira anunciou parceria com a popular rede de contratos inteligentes (smart contracts), chainlink (LINK).

Conforme divulgação oficial, ambas partes planejam criar um projeto de prova de conceito (PoC), tendo como base o protocolo de interoperabilidade entre cadeias CCIP da chainlink.

Divulgação oficial da parceria entre SWIFT e Chainlink. (Imagem: Fonte: Tweet feito pelo perfil oficial da Chainlink)

O CCIP permitirá que as mensagens SWIFT facilitem as transferências de token na cadeia, algo que também ajudará a rede interbancária a se comunicar em todos os ambientes blockchain, o banco de registros das criptomoedas.

Em outras palavras, empresas dos mercados tradicionais conseguirão realizar transações em blockchain, juntamente com o desenvolvimento de aplicativos de cadeia cruzada. Na prática, isso quer dizer que negócios poderão acessar quase todas redes por meio de uma única via, o protocolo PoC.

Isso está longe de ser bobeira, pois a demanda por interoperabilidade aumentou muito nos últimos anos, tanto pelos investidores de cripto quanto pelas empresas tradicionais. Portanto, tal parceria é a cereja do bolo para preencher a lacuna entre as finanças tradicionais e descentralizadas.

O que é Chainlink?

Chainlink é um projeto que interliga as criptomoedas ao mundo externo, buscando eliminar o risco dos provedores de dados, como o resultado de uma partida de futebol.

Existem dois componentes principais na arquitetura da chainLink: on-chain (dentro do blockchain) e off-chain (fora da cadeira), em que são coletadas informações do mundo real.

A rede da Chainlink foi idealizada para facilitar esse processo, atuando como middleware. Assim, ela incentiva os provedores de dados (oracles) a fazerem a ligação entre os smart contracts de blockchain e as fontes externas de dados.

Sistema SWIFT

O SWIFT é o maior sistema global de mensagens interbancárias, conectando mais de 11 mil bancos em todo o mundo e movimentando bilhões de dólares em transferências internacionais diárias.

Para se ter uma ideia do seu tamanho, em agosto de 2022, o sistema SWIFT registrou uma média de 44,8 milhões de mensagens por dia, sendo a forma como o mundo movimenta valor. Contudo, suas transações internacionais podem levar vários dias para serem concluídas — motivo pelo qual está se integrando ao blockchain, dada a agilidade da tecnologia.

Com o projeto PoC, que está sendo construído em união com a chainlink, os milhares de bancos conectados ao seu sistema terão a opção de realizar transferências de token entre diversas cadeias sem precisar fazer outros investimentos prévios.

O futuro pede alta interoperabilidade 

Tecnologias como blockchain e as próprias criptomoedas estão transformando os meios de pagamento, mas também fazem parte da oferta de experiências que estão surgindo para empresas e consumidores em um ambiente totalmente digital.

À medida que criptos continua a penetrar nos principais mercados financeiros, os players financeiros vão trabalhar cada vez mais para formar uma ponte eficaz entre as finanças tradicionais (TradFi) e as finanças descentralizadas (DeFi).

Por mais que o momento atual do mercado não esteja favorável devido a fatores macroeconômicos, bons projetos de criptoativos tendem a manter e até aumentar o seu valor

Além disso, a parceria entre SWIFT e chainlink é apenas mais um sinal de que estamos passando pelo abismo da adoção tecnológica com o mercado de ativos digitais.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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