*ARTIGO
A Microsoft (MSFT34) anunciou a demissão de 100% dos seus funcionários ligados à divisão do seu metaverso industrial. A equipe, chamada de ‘Industrial Metaverse Core’, foi criada há apenas quatro meses e tinha como objetivo construir interfaces para sistemas de controle operacional em ambientes industriais, tais como usinas elétricas, robótica e redes de transporte.
De fato, tal anúncio pode ser um banho de água fria entre os entusiastas do metaverso integrado ao dia a dia, pois a empresa fundada por Bill Gates, inclusive, encabeçava associações que trabalham para construir um “padrão” para o setor.
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No entanto, um ponto interessante a se notar é que a empresa não deixou a tecnologia para escanteio. Longe disso, a realidade virtual e aumentada e a inteligência artificial são tecnologias que a big tech continua apostando, e que ainda têm muito a oferecer tanto para o mundo digital quanto para o físico.
Mas afinal, o que é metaverso?
O metaverso é um ambiente virtual imersivo, que permite aos usuários interagir uns com os outros e com objetos digitais, criando uma nova dimensão além do ambiente físico.
Ele é uma espécie de universo paralelo, construído e alimentado pela imaginação humana e pela tecnologia. É possível que, em um futuro próximo, os ambientes digitais sejam tão relevantes quanto os ambientes físicos para a realização de atividades sociais, econômicas e de entretenimento.
Além disso, o desenvolvimento do metaverso pode impactar outras áreas, como a educação, permitindo o acesso a experiências educacionais imersivas e acessíveis.
O entusiasmo da Microsoft pela tecnologia do metaverso acabou?
Apesar de parecer contraditório no início, o interesse da big tech pelo metaverso não acabou. Pelo contrário, a Microsoft parece estar aglomerando esforços.
Mesmo com o fim da equipe da sua equipe exclusiva destinada ao desenvolvimento da tecnologia no setor industrial, a empresa continuará explorando o setor de realidade virtual (VR) com vários outros projetos em andamento.
A exemplo, temos o HoloLens, um óculos destinado que permite a interação com objetos digitais em um ambiente real, bem como a Microsoft Mesh, uma divisão responsável por se concentrar em AR, VR e realidade mista.
Além do metaverso, outras tecnologias como a inteligência artificial também estão no alvo da empresa e devem continuar a evoluir e ser exploradas. A combinação de ambas pode criar experiências ainda mais imersivas e personalizadas, que conseguem oferecer, juntas, novas formas de interação e aprendizado.
Perspectivas futuras para o metaverso e a tecnologia em geral
A decisão da Microsoft de abandonar o projeto de metaverso industrial pode ter desapontado muitos entusiastas do setor — até mesmo empresas que esperavam usar sua tecnologia para aprimorar seus processos —, mas isso não quer dizer que a tecnologia para as indústrias morreu.
Embora a Microsoft tenha dado um passo atrás no desenvolvimento do seu ambiente virtual imersivo voltado às indústrias, outras empresas continuam investindo pesado em tecnologias imersivas do setor.
É possível que a Microsoft reveja sua posição em relação ao metaverso no futuro, mas enquanto isso, o mercado está aberto para novos participantes e ideias. Players como a Epic Games, proprietária do jogo Fortnite, e a Roblox (R2BL34) estão liderando a inovação no setor industrial e construindo plataformas cada vez mais sofisticadas e imersivas.
Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano. |
*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.
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