Os contratos futuros do minério de ferro na Ásia se recuperaram nesta quarta-feira, com o contrato de referência de Dalian saltando de uma mínima de 10 meses, mas ainda havia dúvidas se os ganhos poderiam ser sustentados devido ao colapso na demanda da China e à melhoria das perspectivas de oferta.
O minério de ferro de janeiro na Bolsa de Commodity de Dalian, na China, fechou em alta de 3,7%, a 668,50 iuanes (US$ 103,41) a tonelada, revertendo perdas anteriores que levaram o contrato mais ativo ao seu nível mais baixo desde 26 de novembro.
Os mercados chineses estiveram fechados na segunda e terça-feira por causa de um feriado.
Qualquer trégua nos preços não deve durar muito, já que as atenções se voltam para os embarques mais fortes do Brasil, superando a queda nos carregamentos australianos na semana anterior, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities em Cingapura.
Na Bolsa de Cingapura, o contrato de outubro do ingrediente siderúrgico subia 15%, para US$ 107,80 a tonelada, às 8h38 (horário de Brasília).
O minério de ferro na bolsa SGX caiu 8% na segunda-feira em meio a preocupações com os riscos enfrentados pelo mercado imobiliário na China, maior produtora de aço do mundo, com a crise da dívida do Grupo Evergrande.
O minério de ferro spot na China caiu para US$ 103 a tonelada na semana passada, o menor valor em 14 meses, com base nos dados da consultoria SteelHome. Nesta quarta-feira, subiu US$ 2, a US$ 105 a tonelada.
“Não há alívio na pressão de corte de produção, já que o governo está pedindo a mais províncias ao redor de Pequim que reduzam sua produção de aço para melhorar a qualidade do ar antes das Olimpíadas de Inverno do ano que vem”, disse o estrategista sênior de commodities da ANZ Daniel Hynes.
O vergalhão de aço para construção na Bolsa de Futuros de Xangai fechou em alta de 2,9%, enquanto a bobina laminada a quente subiu 1%. O aço inoxidável subiu 3,7%.
O carvão metalúrgico em Dalian atingiu seu limite de alta de 9% no fechamento, enquanto o coque avançou 6,4%, ainda apoiado em meio a preocupações com o fornecimento na China.
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