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Finanças

Morning Call: IBOV briga pelos 120 mil pontos, mas queda global dificulta avanço

Os principais fatos que podem impactar os mercados hoje, os destaques de ontem e uma breve análise do índice Bovespa.

Destaques (José Falcão Castro):

  • Na semana mais curta para o Natal, os mercados têm uma ótima notícia (o acordo para o pacote fiscal nos EUA), porém as tensões com a pandemia só aumentam. Uma nova cepa do coronavírus no Reino Unido, muito mais transmissível, já levou os países da Europa a suspenderem os voos com origem do país;
  • No lado positivo, Congresso dos EUA chegou a acordo final para novo pacote fiscal de US$ 900 bilhões, espera-se que entre hoje e amanhã seja aprovado na Câmara e no Senado;
  • Na expectativa de votação do pacote de ajuda nos EUA e Brexit na Europa, o índices futuros operam em queda em Wall Street, apesar da vacina da Moderna ter sido aprovada pela FDA na última sexta-feira, a segunda com sinal verde nos EUA;
  • Bolsas europeias operam em forte queda, sem avanços no Brexit, e nova variação da Covid-19. O impasse do Brexit está centralizado na pesca no mar britânico, cuja receita total chega a 850 milhões de euros. A União Europeia ofereceu ao Reino Unido 25% deste montante, mas o país britânico insiste em 60%, segundo The Guardian;
  • O Índice Dow Jones futuro cai 1,30%, S&P 500 (-1.55%) e Nasda (-1.04%); a bolsa de Frankfurt cai 2,65% Londres (-1,94%) e Paris (-2.85%);
  • Aqui no Brasil, o negacionismo de Bolsonaro bate de frente com a equipe econômica, que defende a vacinação em massa para recuperar a economia, enquanto Maia avança na disputa pela sucessão na Câmara, após obter o apoio dos partidos da oposição para seu bloco e forma a maioria contra o candidato do governo Arthur Lira (PP-AL).

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone): 

  • O IBOV ainda sente a resistência do topo histórico e muito próximo também temos a resistência dos 120.030;
  • Como o candle semanal está longe da média móvel de 9 períodos, seria normal uma correção ou movimento lateral, com isso temos como suporte imediato os 116 mil pontos e o seguinte que seria mais forte, 109.000 pontos.

Cenário macroeconômico (Murilo Breder):

  • A última sexta-feira útil do ano foi bastante volátil. O índice abriu em alta, zerou ganhos, depois voltou a subir, mas acabou virando e fechando em queda de -0,3%;
  • Além dos investidores seguirem monitorando as negociações para um acordo de estímulos da ordem de US$ 900 bilhões nos Estados Unidos, tivemos uma disputa mais ferrenha entre a manutenção do otimismo e a tentativa de uma realização;
  • Também ajudaram a pesar para o lado negativo a retomada das tensões entre EUA e China e o embate entre Bolsonaro e Maia. Enquanto circulam notícias de que os EUA devem barrar dezenas de empresas chinesas, o presidente Bolsonaro culpou Maia pelo fato da 13ª parcela do Bolsa Família não ter sido votada no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados usou a tribuna no início da tarde desta sexta-feira (18) para se defender e acusá-lo de participar de uma articulação para desmoralizar adversários;
  • Apesar da queda de hoje, o Ibovespa encerrou sua sétima semana consecutiva de alta ao avançar 2,5%.

Cenário corporativo (Murilo Breder): 

  • A sexta-feira (18) foi dia de realização para o ‘kit coronavírus’. Aéreas, shoppings e CVC ficaram entre as maiores quedas do dia;
  • Entre as maiores altas estão as empresas ligadas à commodities. A Usiminas (USIM5) foi a maior alta do Ibovespa após aprovar a retomada das operações do alto-forno 2 da usina de Ipatinga (MG) que foi paralisado em abril logo após os impactos das medidas de isolamento social sobre a demanda de aço do país;
  • Os papéis das companhias de papel e celulose, como Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3), também registram ganhos com a alta dos preços da celulose. Além disso, a notícia de que a Suzano vai aumentar o preço da fibra curta na China de US$ 500 para US$ 530 a tonelada impulsionou ainda mais as ações.
Indicadores
Brasil:
Boletim Focus (Banco Central)
Banco Central leiloa 16 mil contratos de swap cabial (US$ 800 mi) (11h30)
Arrecadação federal de novembro (14h30)
Balança comercial (15h)
EUA:
Fed de Chicago: índice de atividade em novembro (10h30)
Europa:
Zona do Euro: confiança do consumidor em dezembro (12h)

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico. 

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