Destaques (José Falcão Castro):
- Os recordes de casos da covid-19 deixam a sensação de que as vacinas ainda estão perdendo a briga para o vírus ao redor do mundo e que as próximas semanas serão muito difíceis para o Brasil, que não tem data para iniciar sua campanha e nem doses suficientes para toda a população;
- Somem-se aos impactos da pandemia a tensão política em Brasília, os riscos fiscais e a provável frustração com a agenda das reformas, além disso, com a saída da Ford do País mais de cinco mil brasileiros perderão empregos com risco de um efeito dominó na cadeia produtiva do setor automotivo;
- A Câmara dos EUA quer votar impeachment de Trump amanhã, se o vice, Mike Pence, continuar resistindo a invocar a 25ª emenda para destituir Trump. E mais detalhes dos pacotes de estímulo planejados por Biden são esperados até a sexta-feira, depois da votação do impeachment;
- Pré-mercado de NY tenta recuperação depois do movimento de correção ontem; Dow Jones futuro avança 0,19%, S&P 500 +0,22%, Nasdaq +0,35%;
- Dólar opera perto da estabilidade, o que ajuda commodities como o petróleo; Brent para março avança 1,74%, cotado a US$ 56,63 em Londres;
- Bolsas europeias operam mistas; Frankfurt (+0,03%), Londres (-0,62%), Paris (-0,16%), Madri (+0,16%), Milão (-0,30%), Lisboa (+0,44%).
Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):
- Mesmo com a realização do último pregão ainda não temos nenhuma mudança por aqui, já que a média 9 exponencial continua sendo respeitada como suporte. A faixa imediata de suporte está em 121k e o suporte mais forte seria na casa dos 116.700. Mesmo tendo superado o topo histórico temos algumas regiões que podem mostrar resistência como 128k e 134 / 135k.
Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):
- O Ibovespa fechou em queda de 1,46% nesta segunda-feira (11) em meio ao avanço global do coronavírus, que atingiu a marca de 90 milhões de casos hoje, e com as tensões políticas e sinalizações de política monetária que tomam conta do noticiário nos Estados Unidos;
- Diferente da semana passada, quando o foco se concentrou nos anúncios sobre campanhas de vacinação, profissionais do mercado abriram esta sessão apontando para novas medidas de isolamento na China, na Grã-Bretanha e na Alemanha, entre outros;
- Enquanto isso, a invasão ao Capitólio na semana passada segue causando consequências. Membros do Partido Democrata entregaram formalmente o segundo pedido de impeachment contra o presidente Donald Trump nesta segunda-feira (11);
- Enquanto isso, o dólar segue forte. Com alta de +1,6% nesta segunda, a moeda fechou o dia em R$ 5,50;
- Já por aqui, as atenções se voltaram para a questão da vacinação contra o coronavírus e para a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados;
- Entre as maiores quedas, empresas de varejo, shopping e educação têm dia de realização diante da volta do fechamento de lugares não essenciais;
- Chama a atenção também a queda dos grandes bancos, com destaque para o Banco do Brasil (BBAS3, -1,6%). O banco recuou mesmo após apresentar um programa para redução de sua estrutura de agências e abertura de um programa de demissão voluntária;
- Entre as maiores altas, NotreDame Intermédica (GNDI3, +11%) e Hapvida (HAPV3, +8,5%) repetiram a dobradinha da última sexta e voltaram a registrar a maior alta do Ibovespa no dia. Na tarde desta segunda, a diretoria da Hapvida fez um call com investidores e analistas em que apontou vários pontos positivos e tiraram dúvida. A percepção foi de que a fusão está madura.
Indicadores |
Brasil: |
FGV: prévia do IGP-M de janeiro |
IBGE: IPCA de dezembro e acumulado de 2020 |
BC realiza leilão de até 16 mil (US$ 800 milhões) de contratos de swap cambial em rolagem (11h30) |
EUA: |
Relatório de empregos Jolts de novembro (12h) |
API: estoques de petróleo e derivados (18h30) |
* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.