Morning Call: após semana positiva, bolsas globais iniciam o dia em alta

Destaques (José Falcão Castro):

Depois da melhor semana dos índices em Nova York desde novembro, as bolsas abrem a semana subindo de olho em estímulos fiscais nos EUA e otimismo com recuperação global;

O Barril do petróleo, tipo Brent, passa de US$ 60 pela primeira vez em quase um ano; no pré-mercado, Dow Jones futuro sobe 0,29%, S&P 500 (+0,23%), Nasdaq (+0,35%); na Europa, Stoxx 600 avança 0,38%, Frankfurt avança (0,17%), Londres (+0,82%), Paris (+0,60%), Madri (+0,23%), Milão (+1,29%), Lisboa (+0,63%); na Ásia, mais cedo, o Nikkei fechou em alta de 2,12%, Xangai (+1,03%), Hong Kong (+0,11%);

No Brasil, a semana passada foi marcada pela eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado, mas das 35 propostas sugeridas pelo governo ao Congresso, menos de dez devem prosseguir;

FGV/inflação: IPC-S da 1ª quadrissemana de fevereiro acelera a 0,40% (de 0,27% em janeiro); alta em 12 meses vai a 2,49%;

O apoio do Centrão à agenda econômica será colocado à prova esta semana, com a votação da autonomia do BC na Câmara, prevista para 4ªF; O mercado também monitora a instalação da Comissão Mista do Orçamento, amanhã, que iniciará a discussão do novo auxílio emergencial. O governo estaria propondo três parcelas de R$ 200, exigindo do beneficiário curso de qualificação profissional (Folha);

Mas é a confusão da Petrobras o assunto que pode trazer mais volatilidade no dia para a bolsa brasileira, após especular-se sem confirmação da empresa, que a mesma mudaria a sua política de preços, passando de trimestral para anual a paridade internacional para reajuste dos preços.

Análise Gráfica – IBOV (Hugo Carone):

O IBOV fechou levemente acima dos 120 mil pontos no gráfico diário, o que ainda seria pouco para descartar a faixa como importante resistência. Por outro lado temos como positivo o fechamento nos gráficos semanal e diário acima da média exponencial de 9 períodos e enquanto ela for respeitada como suporte a visão seria otimista. Resistência continua nos 120 mil / 125 mil pontos. Claro que se perder o suporte citado da MME9 voltamos a olhar a faixa dos 106k como correção normal do índice.

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

O Ibovespa fechou em alta +0,82% na sexta-feira, apoiado pelo desempenho de Wall Street e forte valorização de mineração e siderurgia, mas o papel de protagonista ficou para a Petrobras, em meio a noticiário sobre os preços de combustíveis.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa fechou em 120.240 pontos, acumulando elevação de 4,5% entre segunda e sexta-feira, encerrando a sequência de três quedas semanais consecutivas.

Em Wall Street, o S&P 500 fechou em alta de 0,4%, engatando o melhor desempenho semanal desde novembro, diante de progresso nas negociações para mais estímulos e sinais de estabilização do mercado de trabalho nos EUA.

Em meio a expectativas crescentes de mais estímulo econômico e após a divulgação de dados positivos de empregos nos Estados Unidos, o dólar registrou forte queda contra o real nesta sexta-feira. A moeda recuou -1,2% e fechou o dia cotada a R$ R$ 5,38.

No cenário corporativo, o destaque é para as ações da Petrobras (PETR4, +0,7%). No começo do pregão, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da empresa afirmaram que o governo não interfere na empresa. Na véspera, os papéis chegaram a recuar mais de 2% e apresentavam forte alta pela manhã desta sexta. No entanto, a notícia de que a Petrobras ampliou para um ano o prazo em que calcula a paridade internacional de preços dos combustíveis, minou a alta das ações.

Por fim, os IPOs continuam com tudo aqui no Brasil. Hoje foi dia de Mobly e Mosaico estrearam na B3. No entanto, apesar da excelente estreia de Mobly (MBLY3), que avançou impressionantes 26%, o destaque mesmo ficou com a Mosaico (MOSI3), dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro. A disparada de 97% na estreia é, de longe, a melhor estreia para uma ação da bolsa desde 2011 pelo menos.

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.