No ano em que o Banco Central começou a cortar a Taxa Selic após um período de alta, a renda fixa continuou atrativa para os investidores. Segundo dados da B3 divulgados nesta quinta-feira (15), enquanto o número de pessoas físicas investindo em renda variável caiu 1% sobre 2022, para 5 milhões, em renda fixa houve alta de 15%, para 17 milhões.
O valor investido, no entanto, aumentou para os dois segmentos. O montante total em custódia em renda fixa subiu 30% e, em renda variável, 20%.
Mas os números mostram que a queda em investimentos em renda variável, como ações, não significa que os investidores deixaram as empresas de lado na hora de escolher onde aportar seu dinheiro.
Isso porque entre os destaques de renda fixa ficaram os produtos de dívida corporativa, como debêntures, notas comerciais, CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e CRIs (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Juntos, eles tiveram crescimento de 35% no total de investidores, ainda de acordo com a B3.
Mas o maior aumento de investidores entre as aplicações de renda fixa foi o das LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), com 58%. Enquanto isso, as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) tiveram alta de 29%. Já os CDB, título emitido por bancos, teve alta de 12%.
Já o número de investidores no Tesouro Direto cresceu 16%, em um ano marcado pelo lançamento de novos títulos, como o Tesouro Renda+ e o Tesouro Educa+. Mas os papéis tradicionais continuam com a maior parte do montante investido: o Tesouro IPCA e o Tesouro Selic são responsáveis por 75% do saldo total sob custódia.
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