Staking é uma forma de recompensa quando se detém algumas criptomoedas. Ethereum, solana, cardano, tezos, cosmos são algumas delas. O bitcoin não permite staking.
A recompensa é gerada porque as blockchains que permitem staking colocam as criptomoedas para trabalharem através de um mecanismo de consenso chamado Prova de Participação (Proof of Stake), que é como elas garantem a verificação e a proteção de todas as transações sem um banco ou processador de pagamentos como intermediário.
Logo, as criptomoedas de quem opta pelo staking tornam-se parte desse processo.
Um exemplo é a blockchain da Ethereum, que recentemente adotou esse mecanismo de Prova de Participação. Antes esse mecanismo era o Proof of Work (Prova de Trabalho) onde a rede usava uma enorme capacidade de processamento e de energia para validar as transações. Os mineradores competiam para ser o primeiro a resolver um quebra cabeça criptográfico. Quem ganhasse, adicionava o bloco mais recente das transações verificadas na blockchain e recebia criptomoedas em troca desse trabalho.
Hoje, esse modelo ficou mais rápido e com taxas mais baixas. Ruim para os mineradores que passaram a receber menos – mas bom para quem faz staking dos próprios tokens sendo estes os novos validadores.
Agora, um ponto que vem sendo discutido é a regulação – ou a falta dela. E o staking ainda é novidade para as autoridades regulatórias de diversos países. Caso da Secutiries Exchange Comission (SEC). A autarquia americana anunciou que a corretora Kraken vai acabar com seu programa de staking e ainda pagar uma multa de US$ 30 milhões por causa de “inconformidades regulatórias no país”.
Segundo o xerife regulador do mercado, o serviço oferecido pela Kraken se configura como um valor mobiliário, e por isso precisaria ter sido registrado junto ao órgão regulador antes do seu lançamento. Ou seja: a SEC considera a atividade de staking semelhante a empréstimos de criptos. E essa prática foi reprimida pelos reguladores no ano passado quando uma série de credores (como Celsius Network e Block Fi) colapsaram.
O motivo para isso seria que “quando os investidores fornecem tokens para provedores de staking como serviço, eles perdem o controle desses tokens e assumem os riscos associados a essas plataformas, com muito pouca proteção”, disse a SEC.
Veja neste Criptonews as especificidades para se fazer staking, os prós, contras, e as divergências sobre o tema.
Veja também
- Mastercard e JP Morgan se unem para facilitar pagamento internacional entre empresas usando blockchain
- Passou raspando: Bitcoin chega muito perto dos US$ 100 mil, mas alta perde força
- Bitcoin mantém ‘rali Trump’ e pode alcançar os US$ 100 mil em breve
- Bitcoin sobe e atinge nova máxima histórica de US$ 94 mil após estreia de opções do ETF da BlackRock
- ETF de Bitcoin da BlackRock já supera em US$ 10 bilhões o ETF de ouro