O ósmio cristalino, considerado o oitavo e último metal precioso do mundo, vem ganhando espaço entre investidores. Foi o que declarou Marcos Saito, diretor-executivo do Osmium-Institute Brazil e diretor de operações do Osmium-Institute Germany, durante a Smart Summit 2023, no último dia 2 de fevereiro. O metal, um investimento tangível, possui um total estimado de somente 22 mil quilos de extração na terra.

O metal é um subproduto da platina e vale cerca de 30 vezes mais que o ouro. Nesta sexta-feira (17), o ósmio estava custando 1.852,30 euros a grama, segundo a atualização diária da Osmium-Preis, cerca de R$ 10.261. No mesmo dia, o ouro estava cotado a 55,39 euros, equivalente a R$ 305,64, segundo o Gold Price.

Durante a palestra “Osmium Institute – O Oitavo e Último Metal Precioso”, Saito afirmou que o metal tem buscado lugar na carteira dos investidores. “Nosso objetivo é promover o ósmio cristalino no setor de ativo e investimentos tangíveis e também no setor de joalheria”. Segundo ele, o ósmio é utilizado principalmente como uma reserva de valor.

Segundo Saito, 97% do mercado global do metal se refere a investidores de ativos tangíveis e 3% à indústria de jóias e luxo. Ele descreveu que atualmente existem 15 mil proprietários de pelo menos uma peça de ósmio no mundo. “Nós já tivemos um imóvel sendo adquirido com ósmio, onde o próprio cartório fez a escritura mencionando que se tratou de uma transação pago com metal precioso”, compartilhou.

Saito comentou ainda sobre as projeções para o metal. “A gente acredita que essa evolução, conforme as reservas de ósmio cristalino aumenta, possa se tornar uma prática frequente e quem sabe no futuro esteja na bolsa de valores”.

Ósmio e ESG

O diretor-executivo do Osmium-Institute Brazil afirmou que o metal segue as questões relacionadas à política ambiental, social e de governança, alinhado com o ESG durante toda a sua extração e operação. “As minas de platina hoje estão localizadas na sua maioria na África do Sul, onde tem uma escola na área de governança corporativa das mais inovadoras do mundo”, disse. “As mineradoras que temos contrato seguem as certificações nesses padrões”, acrescentou.

“Considerando que existem 25 mil famílias empresárias no Brasil, que nos próximos anos vão aderir à agenda da governança corporativa de ESG, eles vão também olhar o ósmio como uma opção de ativo de investimento tangível”, afirmou.

Segundo o executivo, o OWC (Conselho Mundial de Ósmio), situado na Áustria, possui conselheiros que levantam todas as questões de governança corporativa em relação à extração e comercialização do metal, alinhando “todo um aspecto de boas práticas junto com as agências reguladoras, governos e alfândegas.”.