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Finanças

Para brasileiros no exterior, câmbio preocupa mais que imigração

Segundo estudo da Nielsen, a pedido da TransferWise, entre os que se planejaram para deixar o Brasil, 68% usaram a poupança como principal aplicação.

Os brasileiros que vivem no exterior ou pretendem morar fora em até 2 anos estão mais preocupados com a variação do câmbio do que com as políticas imigratórias, que em países como os Estados Unidos ficaram mais rígidas. É o que aponta uma pesquisa da Nielsen, e pedido da TransferWise, com 1200 pessoas.

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Segundo o estudo, 72% dos expatriados dizem que são impactados diretamente pela cotação de moedas como o dólar. E o motivo pode estar no fato de 49% enviarem dinheiro do exterior para o Brasil. Por outro lado, apenas 12% deles recebem dinheiro do Brasil para se sustentar no exterior.

Já entre os que pretendem sair do Brasil, 61% têm entre seus objetivos enviar dinheiro para parentes e amigos. Além disso, 78% deles afirmam que as variações do câmbio influenciam seu cotidiano e o planejamento financeiro.

Segundo Heloisa Sirotá, general manager da TransferWise Brasil, a variação do câmbio impacta ou até inviabiliza os planos de quem pretende viver em outro país.


“Muitos brasileiros precisam economizar por muitos anos para realizar o sonho de morar no exterior. Em outros casos, as pessoas se mudam buscando uma condição de vida melhor e a oportunidade de sustentar a família aqui no Brasil”, aponta.

Envio de dinheiro ao Brasil

Entre os que pretendem morar fora, a maioria escolheu os EUA como destino. Destes, 46% acreditam que as novas políticas de imigração do país podem ter algum efeito em seus planos. 

Parte dos objetivos de quem planeja se mudar é enviar dinheiro para parentes e amigos (61%), e esses brasileiros acreditam que a oscilação do câmbio influencia no seu cotidiano e no planejamento financeiro (78%). 

Entre as principais motivações para sair do Brasil, os consultados citaram a melhora na qualidade de vida, oportunidades de trabalho e a estabilidade econômica.

O estudo apontou também que 65% dos entrevistados pretendem utilizar bancos tradicionais para lidar com as transferências, contra 33% que pretendem usar fintechs. Para Heloisa, isso é reflexo do desconhecimento sobre a cobrança de taxas.

“As pessoas não entendem exatamente como são cobradas para fazer transferências internacionais. Não sabem quais as taxas aplicadas, e muito menos que existe um ‘spread’ de câmbio, ou seja, que as instituições financeiras podem cobrar uma taxa de câmbio diferente daquela ‘oficial’ ou ´comercial’”, diz.

Planejamento financeiro

Segundo o estudo encomendado pela TransferWise, 65% dos que já vivem no exterior preocuparam poupar antes de partir. Entre os brasileiros da classe C, no entanto, esse percentual de quem pensou nas finanças antes de fazer as malas cai para apenas 32%.

O estudo também mostrou que 87% dos que sonham em viver em outros países já se planejam financeiramente. Destes, para 68% a poupança é a principal aplicação usada para conquistar esse objetivo.

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