A companhia está oferecendo notas denominadas em dólar com vencimento para cinco e dez anos, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto, que pediu para não ser identificada por não estar autorizada a falar publicamente. As conversas iniciais apontam para rendimentos em torno de 5,7% e 6,9%, respectivamente, disse a pessoa.
A venda ocorre em um momento em que outros emissores também acessam os mercados globais de crédito. A Suzano está no mercado vendendo novos títulos com vencimento em 10 anos, enquanto a mineradora de cobre Antofagasta vendeu US$ 600 milhões em novos bonds na terça-feira (2).
A última oferta de títulos em dólar da Petrobras foi há um ano, quando a companhia vendeu US$ 1 bilhão em dívida com vencimento em 2035. Os rendimentos dessas notas recuaram 20 pontos-base, indo para 6,09%. Os recursos levantados com a venda atual serão usados para fins corporativos, informou a empresa em comunicado.
Brasil e Arábia Saudita também têm aproveitado o aumento do apetite por parte dos investidores.
Fundos para mercados emergentes
Fundos dedicados a mercados emergentes registraram sua 19ª semana consecutiva de captações na semana encerrada em 27 de agosto, informou o Bank of America.
O rendimento extra que os investidores exigem para carregar títulos soberanos de emergentes em vez de títulos do Tesouro americano está próximo dos níveis mais baixos desde de 2020. O dado é do JPMorgan.
“Setembro tem a reputação de ser um mês com mais volatilidade e estamos saindo de avaliações recordes em tudo”, disse Eduardo Ordonez, gestor de portfólio da BI Asset Management, em Copenhague. “Os emissores estão aproveitando o momento caso surja uma aversão ao risco”, segundo Ordonez.
Para a Petrobras, a venda vem em um momento em que a produtora de petróleo e suas concorrentes estão restringindo investimentos em resposta aos preços mais baixos do petróleo.
A presidente Magda Chambriard prometeu reduzir os gastos para enfrentar o cenário desafiador de preços mais baixos do petróleo.