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Finanças

Mega-Sena: quanto é possível acumular em 1 ano ao investir os R$ 65 milhões?

Aplicações como LCIs e LCAs podem render mais de R$ 3 milhões no período, por exemplo.

mega sena
Apostadores fazem fila em casa lotérica. A Caixa Econômica Federal sorteia hoje (08) as seis dezenas do concurso 2.149 da Mega-Sena acumulada, que deve pagar um prêmio de R$ 170 milhões.

A Caixa Econômica Federal realizou nesta quarta-feira (25), em São Paulo, o sorteio da Mega-Sena no valor de R$ 65 milhões. Para se ter ideia da magnitude do prêmio, a quantia representa mais do que o triplo do lucro líquido ajustado registrado pela varejista Petz (PETZ3) no primeiro trimestre, que chegou a R$ 21,1 milhões. Com esse dinheiro, o ganhador também poderia comprar quase 900 carros ao preço de R$ 70 mil cada.

O economista Samy Dana, do InvestNews, calculou quanto seria possível acumular em um ano ao investir a bolada em aplicações de renda fixa. Dentre as modalidades analisadas, é possível ver que as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) podem ser considerados mais atrativos. Ao levar em conta os títulos que pagam 100% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) – indicador que acompanha a variação da taxa Selic – o investidor pode embolsar um rendimento líquido de R$ 3,26 milhões ao final de 12 meses.

Vale lembrar que as LCIs e as LCAs, que são títulos emitidos por instituições financeiras direcionados para o financiamento de empresas do setor imobiliário e do agronegócio, não têm incidência de Imposto de Renda.

Em contrapartida, quem usa a modalidade precisa esperar o vencimento do papel para fazer o resgate de seus recursos, diferentemente de alguns Certificado de Depósito Bancário (CDBs). Eles são títulos de dívida de bancos, que permitem a retirada do dinheiro a qualquer momento, mas sobre os quais incidem tributos.

Enquanto isso, quem deixar o dinheiro na poupança perderá R$ 719 mil em poder de compra, já que a rentabilidade da caderneta está negativa. Confira abaixo:

InvestimentoTaxa nominal anualTaxa real anual* Rendimento real líquido*
CDB/ 90% CDI11,39%3,75%R$ 1.231.803,89
CDB/ 100% CDI12,65%4,93%R$ 1.863.667,02
CDB/ 110% CDI13,92%6,11%R$ 2.495.530,15
CDB/120% CDI15,18%7,29%R$ 3.127.393,28
CDB/150% CDI18,98%10,82%R$ 5.022.982,66
CDB/200% CDI25,30%16,71%R$ 8.182.298,31
CDB/250% CDI31,63%22,60%R$ 11.341.613,95
LCI/LCA 100% CDI12,75%5,02%R$ 3.264.527,78
LCI/LCA 150% CDI18,98%10,82%R$ 7.033.456,26
POUPANÇA 6,17%-1,11%-R$ 719.335,57

*Cálculo leva em conta a inflação apurada pela Anbima de 7,36% para o período de 12 meses

**No caso dos CDBs, os valores foram calculados considerando a alíquota de Imposto de Renda para o período. LCIs e LCAs não têm incidência de IR.

Por que a poupança está negativa?

Desde a reunião do Copom em dezembro do ano passado, quando o BC elevou a Selic para 9,25%, a caderneta de poupança voltou a ter retorno fixo. Isso porque, a partir de 2012, sua rentabilidade passou a depender do patamar dos juros.

A regra é a seguinte: quando a Selic estiver menor ou igual a 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a taxa referencial (TR). Em contrapartida, se a taxa de juros ficar acima de 8,5% ao ano (como agora), a caderneta passa a ter um retorno fixo de 0,5% ao mês mais a TR (ou 6,17% ao ano). Saiba mais detalhes sobre como funciona a rentabilidade da poupança.

Portanto, se levado em conta a Selic atual de 12,75% ao ano e a inflação implícita apurada pela Anbima para os próximos 12 meses, em 7,36%, o rendimento real da caderneta passa a ser negativo.

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