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Finanças

Tesouro IPCA+ 2035 é aposta do Santander para junho

Cenário interno segue favorável para ativos de risco o que pode favorecer a marcação a mercado de títulos públicos com ganho real na visão dos analistas do banco.

Analistas do Santander apontaram a preferência pelo título do Tesouro Direto IPCA+ 2035 para investir no mês de junho, diante do cenário econômico que se desenha. No ano, o título apresentou uma rentabilidade bruta de 11,06% até o fechamento de maio.

Com a bolsa brasileira retomando o patamar que se encontrava no início do ano, os analistas destacam que a valorização dos ativos negociados se deve a uma antecipação dos investidores sobre o timing de corte das taxas de juros pelo Banco Central, aliada a projeções mais otimistas para o crescimento do país em 2023.

Na quinta-feira (1º), foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no primeiro trimestre de 2023 – bem acima das expectativas para o indicador divulgadas no Boletim Focus (projeção era de 1,26%). “E nesse sentido, ações mais sensíveis a juros apresentaram uma outperformance relevante: enquanto o Ibovespa avançou 3,7% no mês, o índice Small Caps da B3 saltou 14%“, disseram os analistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa em relatório. 

Para o mês de junho, o foco das atenções no âmbito político estará nas discussões envolvendo o arcabouço fiscal, uma vez que o texto está em tramitação no Senado Federal, onde precisa de maioria para ser aprovado. Somado a isso, o mês contará com a reunião do Copom em 20 de junho, quando investidores vão monitorar qualquer sinalização de uma eventual mudança da meta de inflação.

Logo, se o cenário local continuar favorável para ativos de risco, haverá um menor prêmio de risco para os títulos públicos, favorecendo a marcação a mercado, na visão dos analistas. E se o cenário não for tão positivo, a proteção contra a inflação através do IPCA+ vai fazer a sua função.

“Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menor ruído pós-eleição, inflação convergindo à meta no médio prazo e promessas de responsabilidade fiscal em 2023-2024), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado dos mesmos. Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função”.

Ricardo Peretti (CGA) | Alice Corrêa (CNPI) | SANTANDER

Vantagens do Tesouro IPCA+

Segundo os analistas, este título proporciona rentabilidade real protegendo o investidor contra a alta da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). “Além disso, o papel rende a juros compostos, isto é, a rentabilidade mensal é automaticamente reinvestida”.

A indicação é para o investidor que deseja fazer uma poupança a médio e longo prazo, servindo inclusive para complementar a aposentadoria. “Do ponto de vista tributário, é mais eficiente que o título que paga juros  semestrais”, segundo o Santander.

Desvantagens

O título sofre a chamada “marcação a mercado”, que é quanto o mercado está disposto a pagar pelo papel diariamente, o que pode ser um valor menor que o pago pelo investidor.

Já se o título for levado até o vencimento, o investidor vai receber a taxa/retorno indicada no dia da compra.

Nesta sexta-feira (2), o título Tesouro IPCA+ 2035 está remunerando uma taxa de 5,48% mais o IPCA. O investimento mínimo é de R$ 43,75, o que representa uma fração de uma cota inteira negociada a R$ 2.187,62. O vencimento do papel se dá em 15 de maio de 2035.

Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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