Histórias de sucesso de americanos que usaram o mercado de ações pós-pandemia para se livrarem das montanhas de dívidas estudantis continuam inspirando investidores do tipo faça você mesmo.
Mas, embora as ações tenham fornecido um caminho consagrado pelo tempo para a criação de riqueza para gerações de americanos, alguns aspectos desse mais recente esforço de saída rápida de dívidas não agradam à velha guarda de investimentos conservadores de Wall Street.
Com a luta contra a inflação aumentando a volatilidade em todas as classes de ativos, e ativos exóticos como criptomoedas ainda entrando em portfólios de varejo, eles alertam que o risco de resultados ruins é mais alto do que nunca.
“A maioria das pessoas que administram suas próprias carteiras só sabem gerar retornos usando ações de crescimento” disse Julian Emanuel, estrategista-chefe de ações e quantitativos da Evercore, se referindo a setores antes em alta, como tecnologia, que viram os valuations despencarem este ano.
Ilianna Salas não se deixa deter. A jovem de Los Angeles, de 25 anos, está investindo em empresas como Sweetgreen e Olaplex.
“Ninguém quer pagar seus empréstimos com renda regular”, disse Salas, que está negociando ações na esperança de ganhar o suficiente para cobrir seus pagamentos de cerca de US$ 300 por mês. “Sinto que muitas pessoas estão no mesmo barco.”
Dívida bilionária
Americanos deviam US$ 1,7 trilhão em dívidas estudantis no final do ano passado, de acordo com o Federal Reserve. Não há estatísticas sobre quantos destes devedores estão investindo atualmente, mas eles provavelmente tem dinheiro disponível.
Em março, o Federal Reserve Bank of New York estimou que quase 37 milhões de tomadores de empréstimos estudantis tinham aproximadamente US$ 195 bilhões em pagamentos suspensos por medidas de alívio durante a pandemia.
Agora que o governo Biden estendeu mais uma vez a pausa nos pagamentos de empréstimos estudantis federais, muitos traders amadores estão aumentando suas apostas em ações e criptomoedas.
Nadia Vanderhall, uma consultora de finanças pessoais de 37 anos que mora na Carolina do Norte e começou a comprar ações durante a crise financeira de 2008, está usando o tempo extra antes do reinício dos pagamentos no final de agosto para “alavancar ainda mais os investimentos”. Ela agora está investindo em empresas de segurança cibernética e fabricantes de veículos elétricos e adicionando mais criptomoedas para reduzir os cerca de US$ 23.000 que ainda deve.
Jake Jolly, estrategista sênior de investimentos do BNY Mellon Investment Management, alerta que “é preciso cautela” ao investir em criptomoedas, já que é tão difícil descobrir “um preço justo”.
“Não é algo que você queira fazer de qualquer jeito e adicionar uma parte significativa ao seu portfólio”, disse.
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