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Finanças

Veja as 5 ações que mais subiram e caíram na semana

Ibovespa continua em ritmo de alta, ignorando crise política

bolsa de valores

Mais uma semana de intensas emoções chega ao fim. Enquanto alguns setores da economia comemoram uma taxa Selic a 2,25%, outros ainda sentem os impactos do coronavírus, somado aos temores de uma segunda onda. No entanto, apesar dessa mistura de sentimentos, o Ibovespa fechou a semana com alta de 4,07%, após 4 pregões consecutivos com bom desempenho. Nesta sexta-feira (19), o principal índice da B3, fechou em alta de 0,46%, aos 96.572 pontos.

Enquanto a bolsa de valores supera todo desafio e vai até mesmo na contramão dos índices americanos- nesta sexta os índices Dow Jones e S&P 500 recuaram 0,8% e 0,56%, respectivamente-surge a dúvida no mercado: A prisão do Queiroz e a crise política não vão afetar o Ibovespa?

Para George Sales, professor de finanças do Ibmec SP, o fato da bolsa não ter precificado a crise política se deve a que o mercado já sentiu os impactos desta desde 2019, além de ter uma recuperação tardia comparada com outros mercados. “A bolsa brasileira foi uma das que mais caiu na pandemia. O mercado se acostumou com estas pressões políticas, então até efetivamente ocorrer uma questão relativa ao impeachment não teremos uma reação no Ibovespa. Mas, se o impeachment não ocorrer a tendência é de retomada”, explica.

Maiores altas

Após muito tempo na penumbra, esta foi a vez da Cielo (CIEL3) brilhar. A companhia foi o destaque positivo da semana, com alta acumulada de 35,39%. A grande sacada foi a notícia da parceria com o Whatsapp para pagamentos por meio da plataforma, facilitando assim a vida de pequenos e médios empresários. “A Cielo teve uma queda absurda nas suas ações nos 2 últimos anos por causa de ter ficado atrás na guerra das maquininhas. Com esta novidade ela volta a disparar nas ações”, explica Sales.

Outra ação que se tornou ‘queridinha’ foi o BTG Pactual (BPAC11), segunda maior alta da semana, que avançou 14,27%. Segundo Sales, com a retomada do Ibovespa desde maio, o setor financeiro também teve forte desempenho. Contudo, o BTG Pactual teria sido eleito o queridinho do investidor. “BTG é um banco de nicho, focado em investimentos, diferente do Itaú ou Bradesco, que são bancos de varejo. E por ser um banco com produtos mais sofisticados sofre menos os impactos da pandemia, especialmente nas perdas de crédito”, diz.

A terceira, quarta e quinta maior alta da semana, foram ações impactadas pelo fluxo da macroeconomia. É o caso da Cyrela (CYRE3), que teve alta de 11,95%. A companhia se beneficiou com a queda da taxa de juros para 2,25%. O setor de construção civil, que depende de financiamento, estaria intrinsecamente ligado a Selic. “Juros baixos estimulam a construção civil no Brasil”, aponta Sales.

Subiram com a retomada da economia, a Qualicorp (QUAL3) e a Magazine Luiza (MGLU3), que avançaram 11,62% e 11,65%, respectivamente.

Confira as 5 ações que mais subiram na semana:

AçãoAlta
Cielo (CIEL3)35.39%
Banco BTG (BPAC11)14.27%
Cyrela (CYRE3) 11.95%
Magazine Luiza (MGLU3)11.65%
Qualicorp (QUAL3) 11.62%

Maiores quedas

Em mais um capítulo da sua controversa história, o IRB Brasil (IRBR3) recuou 9,57% no acumulado e foi a maior queda desta semana. A companhia já estava na mira do investidor, após sérios problemas de governança e contabilidade, que foram confirmados pelo fato de mais uma vez o IRB atrasar a divulgação do balanço do primeiro trimestre, programado para o dia 18 de junho.

A ausência de divulgação dos fatos da companhia deixou os investidores em alerta. “O mercado não gosta que uma empresa não apresente seus números”, defende o especialista.

Saiba mais: IRB Brasil: a empresa já chegou ao fundo do poço?

A segunda onda do coronavírus pegou pesado com companhias beneficiadas pelo turismo, que ainda não se recuperaram 100% da pandemia, e circulam em meio a incerteza. A CVC Brasil (CVCB3) e Azul (AZUL4) recuaram 4,66% e 1,45%, respectivamente. E ocuparam a 2ª e 4ª posição nas quedas da semana.

Ainda entre as maiores quedas estava a EcoRodovias (ECOR3), que caiu 1,93%. De acordo com Sales, a companhia divulgou esta semana uma retração nos números por causa da queda da movimentação no transporte. “Isso afeta a receita da companhia e o mercado já antecipa os resultados”, avalia.

Já a Rumo (RAIL3) recuou 1% após a notícia de que o tempo de espera para embarque de açúcar em Santos aumentou para 45 dias. “Esse aumento no tempo de embarque prejudica a logística, atrapalha as atividades e impacta diretamente a Rumo”, conclui.

Confirma as 5 ações que mais caíram na semana:

AçãoQueda
IRB Brasil (IRBR3) -9.57%
CVC Brasil (CVCB3) -4.66%
EcoRodovias (ECOR3) -1.93%
Azul (AZUL4)-1.45%
Rumo (RAIL3) -1.00%

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