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Finanças

Volta de James Bond aos cinemas ajuda ações da rede Cineworld

Papéis da rede de cinemas subiram em antecipação ao aumento das receitas de bilheteria com o filme.

Daniel Craig interpreta James Bond em “Sem Tempo para Morrer”/Divulgação

O novo filme de James Bond “007: Sem Tempo para Morrer” que estreou nos cinemas do Reino Unido nesta quinta-feira (30) deu nova vida à Cineworld Group.

As ações da rede de cinemas com sede em Londres subiram nos últimos dias em antecipação ao aumento das receitas de bilheteria com o filme estrelado por Daniel Craig, e estão perto do maior ganho mensal desde fevereiro. Ainda assim, o valor de mercado da Cineworld, de 1,1 bilhão de libras (US$ 1,5 bilhão), está bem abaixo do pico pré-Covid, de 4,4 bilhões de libras em 2018.

Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da Hargreaves Lansdown, disse em e-mail que, “sozinho, Bond não será a arma secreta para recuperar a saúde, mas com uma série de ‘blockbusters’ na fila, parece que o caminho à frente é mais tranquilo para a empresa”.

Desde a première do filme em Londres na terça-feira, 91% dos críticos publicaram resenhas favoráveis, segundo o site Rotten Tomatoes.

A ação da Cineworld se desvalorizou mais de 50% durante a pandemia, quando cinemas foram obrigados a fechar ou operar com capacidade reduzida. O lançamento de “007: Sem Tempo para Morrer” da Metro-Goldwyn-Mayer era previsto para abril de 2020, e o adiamento do filme, juntamente com o atraso de outras grandes produções, levantou dúvidas sobre a capacidade da indústria cinematográfica de resistir à pandemia.

Uma onda de otimismo chegou neste mês, quando o filme distribuído pela Walt Disney e produzido pela Marvel, “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, faturou um recorde de US$ 94,7 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá durante o fim de semana prolongado do Labor Day, um sinal de que os cinéfilos retornarão com a contínua reabertura das economias. 

Analistas esperam que o rali das ações da Cineworld continue, com o preço-alvo médio de 12 meses indicando ganho de 19%, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Mudanças estruturais

Ainda assim, alguns investidores que apostam na baixa das ações acreditam que a operadora de cinemas ainda enfrenta obstáculos, como a concorrência cada vez maior de serviços de streaming como Netflix. 

“Existem algumas mudanças estruturais preocupantes nessa indústria”, disse Stephen Payne, gestor de ativos da Janus Henderson Investors. “O preço das ações pode oscilar de forma muito agressiva em ambas as direções, dependendo do fluxo de notícias um pouco melhor ou um pouco pior”, disse em entrevista.

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