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5 fatos para hoje: Inflação muda hábito dos brasileiros; Minério de ferro sobe

Uma em cada quatro habitantes no país não paga todas as contas no mês, segundo a Confederação Nacional da Indústria.

1 – Minério de ferro sobe com humor renovado por melhores margens de aço na China

Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura subiram nesta segunda-feira (8), ampliando ganhos à medida que a melhora das margens das siderúrgicas na China incentiva as usinas a reiniciar gradualmente os altos-fornos ociosos e aumentar as importações do ingrediente siderúrgico.

As esperanças de que os cortes na produção de aço na China, maior produtor mundial, para cumprir metas de descarbonização sejam menos árduos no segundo semestre do ano também apoiaram os preços do minério de ferro.

O contrato de minério de ferro mais negociado para janeiro de 2023 na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com alta de 4,3%, a 737,50 iuanes (109,06 dólares) a tonelada. No início da sessão, o papel atingiu seu maior nível desde 1º de agosto em 745,50 iuanes.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato de setembro chegou a subir até 3,6%, para 113,05 dólares a tonelada, estendendo a recuperação de sexta-feira (5) frente a uma queda de cinco sessões.

As compras de minério de ferro da China em julho aumentaram 3,1% em relação ao ano anterior e 3% ante junho, puxadas pela recuperação das margens e dos preços do aço, e apesar das preocupações com a fraca demanda de aço, principalmente do setor imobiliário do país.

“Foi surpreendente ver um aumento mensal nas importações de minério de ferro da China, dada a pressão contínua que o setor siderúrgico da China enfrenta”, disse o analista de commodities do Commonwealth Bank of Australia, Vivek Dhar.

Desembarque de minério de ferro no porto de Lianyungang, China 27/10/2019 REUTERS/Stringer

2 – Inflação muda hábito dos brasileiros, mostra pesquisa

Com o orçamento apertado, um em cada quatro habitantes no país não consegue pagar todas as contas no fim do mês. A constatação é de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB Pesquisa, que aponta redução nos gastos com lazer, roupas e viagens.

De acordo com a pesquisa, sair do vermelho está cada vez mais difícil. Isso porque apenas 29% dos brasileiros poupam, enquanto 68% não conseguem guardar dinheiro. Apesar disso, 56% dos entrevistados acreditam que a situação econômica pessoal estará um pouco ou muito melhor até dezembro.

O levantamento também mostrou que 64% dos brasileiros cortaram gastos desde o início do ano e 20% pegaram algum empréstimo ou contraíram dívidas nos últimos 12 meses. Em relação a situações específicas, 34% dos entrevistados atrasaram contas de luz ou água, 19% deixaram de pagar o plano de saúde e 16% tiveram de vender algum bem para quitar dívidas.

Outros hábitos foram afetados pela inflação. Segundo a pesquisa, 45% dos brasileiros pararam de comer fora de casa, 43% diminuíram gastos com transporte público e 40% deixaram de comprar alguns alimentos.

Entre os que reduziram o consumo, 61% acreditam na melhora das finanças pessoais nos próximos meses. O otimismo, no entanto, não se refletirá em consumo maior. Apenas 14% da população pretendem aumentar os gastos até o fim do ano.

Pechincha

Entre os itens que mais pesaram no bolso dos entrevistados nos últimos seis meses, o gás de cozinha lidera, com 68% de citações. Em seguida, vêm arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%) e frutas, verduras e legumes (59%). Os combustíveis aparecem em sexto lugar, com 57%. No caso dos alimentos, a percepção de alta nos preços de itens como arroz, feijão e carne vermelha aumentou mais de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, em abril.

Com a alta dos preços, a população está recorrendo a um hábito antigo: pechinchar. Segundo a pesquisa, 68% dos entrevistados admitiram ter tentado negociar um preço menor antes de fazer alguma compra neste ano. Um total de 51% parcelou a compra no cartão de crédito, e 31% admitiram “comprar fiado”. Os juros altos estão tornando o crédito menos atrativo. Menos de 15% dos brasileiros recorreram ao cheque especial, crédito consignado ou empréstimos com outras pessoas.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, os rescaldos da pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia comprometeram a recuperação econômica do país. A aceleração da inflação levou à alta dos juros, o que tem desestimulado o consumo e os investimentos. Em contrapartida, afirma Andrade, o desemprego está caindo, e o rendimento médio da população está se recuperando gradualmente, o que dá um alento para os próximos meses.

O levantamento, encomendado pela CNI ao Instituto FSB Pesquisa, é o segundo realizado no ano com foco na situação econômica e nos hábitos de consumo. Foram entrevistados presencialmente 2.008 cidadãos, em todas as unidades da Federação, de 23 a 26 de julho.

3 – BB é o primeiro banco do mundo a permitir adesão ao Open Finance por WhatsApp

O Banco do Brasil (BBAS3) vai permitir a partir desta segunda-feira (8) a adesão de seus clientes ao Open Finance por WhatsApp, algo inédito no mundo, que já tem países avançados no “sistema financeiro aberto”, como Reino Unido e Austrália, além da União Europeia (UE). Com a ferramenta lançada hoje, os clientes vão poder fazer toda a jornada para consentir o compartilhamento de dados de outras contas com o BB pelo aplicativo de mensagens.

Segundo o banco, o cliente poderá digitar termos como “open finance” no WhatsApp e todo o processo vai ocorrer sem interação humana. O compartilhamento de dados do cliente, feita sob consentimento, é um dos pilares de funcionamento do Open Finance, pois permite que os bancos e demais participantes tenham mais detalhes da “vida financeira” do cliente, possibilitando ofertas de produtos e serviços mais personalizados.

“A oferta do consentimento no WhatsApp é uma forma de oferecer ainda mais conveniência para o cliente em um canal que se usa cada vez mais no dia a dia para realizar diversas transações”, destaca o presidente do BB, Fausto Ribeiro.

Segundo Ribeiro, dos clientes que autorizaram o compartilhamento de dados com o banco, 90% já tiveram algum benefício. Destes, 77% receberam ofertas personalizadas a partir dos dados e/ou utilizaram soluções que fazem uso dos dados de Open Finance, como revisão do limite de crédito ou um upgrade no cartão, e 13% tiveram informações cadastrais atualizadas sem necessidade de apresentar documentos ou comparecer à agência.

Recentemente, o BB divulgou que já gerencia mais de R$ 7 bilhões em saldos consolidados com outros bancos em sua plataforma de planejamento financeiro no aplicativo, no âmbito do Open Finance. A plataforma já gerou para os clientes recomendações de economia da ordem de R$ 2,5 bilhões.

A função lançada nesta segunda-feira se insere em um conjunto de inovações pensadas pelo BB para o WhatsApp. O banco também foi o primeiro a ter no aplicativo de mensagens a jornada completa de Pix, a oferecer Renegociação de Dívidas sem interação humana e a ter um assistente virtual especializado em empresas. No Open Finance, o BB também foi o primeiro grande banco habilitado a operar como iniciador de pagamentos.

4 – CEOs culpam trabalho remoto por queda de vendas e lucros menores

Clima, guerra, taxas de câmbio voláteis – as empresas há muito culpam fatores além de seu controle pela redução dos lucros e desaceleração das vendas. O novo bode expiatório é o trabalho remoto.

A rede americana de lanchonetes Shake Shack disse na quinta-feira (4) que o ritmo de retorno aos escritórios em cidades como Nova York estagnou no último trimestre, fazendo com que o crescimento das vendas da empresa ficassem atrás das previsões de Wall Street. Suas ações chegaram a registar a maior queda desde os primeiros dias da pandemia.

A cadeia de hambúrgueres de primeira linha não está sozinha – uma análise das recentes teleconferências de balanços mostra empresas de todos os tipos atribuindo desempenho medíocre à lenta taxa de retorno aos escritórios. Isso inclui empresas financeiras, de consumo e até seguradoras.

A Clorox (CLXC34), fabricante de lenços desinfetantes e alvejantes cujas vendas dispararam durante a pandemia, disse que “baixas taxas de ocupação de escritórios” prejudicaram a demanda por seus produtos comerciais de limpeza. A Kimberly-Clark (KMBB34), que fabrica lenços e papel higiênico para banheiros de escritórios, também sofreu, levando o CEO Michael Hsu a dizer: “acho que toda essa demanda de escritórios não vai voltar tão rápido.”

As mesas de trabalho podem não ficar cheias por um bom tempo. A ocupação média de escritórios em 10 grandes áreas metropolitanas dos EUA foi de 44% na semana encerrada em 27 de julho, segundo dados da empresa de segurança Kastle Systems. A porcentagem está consistentemente abaixo desse nível em grandes centros de escritórios como Nova York e São Francisco.

Nicholas Bloom, um professor de economia da Universidade de Stanford que conduz uma pesquisa mensal sobre os padrões de trabalho em casa, descobriu que as cidades estão experimentando um efeito “rosca”, onde os distritos comerciais centrais ficam vazios enquanto os bairros residenciais ao redor da cidade ficam mais cheios.

Os trabalhadores de escritório médios da cidade de Nova York pretendem reduzir seu tempo em suas mesas em quase metade e cortar os gastos anuais na cidade em US$ 6.730, estima Bloom, contra US$ 12.561 estimados antes da pandemia.

Raj Choudhury, um professor da Harvard Business School, que também estuda o home office, espera que esses padrões continuem, o que se traduz em menos pedidos de ShackBurgers duplos, batatas fritas e milkshakes.

A Shake Shack disse que o movimento na hora do almoço ainda está “bem abaixo” dos níveis de 2019 em cidades como Nova York, onde caiu 40%. Questionado sobre quando isso pode se recuperar, o CEO Randy Garutti simplesmente deu de ombros.

5 – Caminhoneiros começam a receber benefício emergencial nesta terça

Os caminhoneiros com CPF válido e cadastrado no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) até 31 de maio de 2022, na modalidade “Ativo”, começam a receber as primeiras parcelas do benefício emergencial aos transportadores autônomos de carga a partir de 9 de agosto.

O Benefício Caminhoneiro-TAC tem validade até 31 de dezembro de 2022 e será pago em seis parcelas mensais, no valor de R$ 1 mil. No dia 9 de agosto, os caminhoneiros vão receber duas parcelas, a primeira e a segunda, referentes aos meses de julho e agosto. Por isso, o primeiro pagamento vai totalizar R$ 2 mil, como explicou o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, no programa Brasil em Pauta, da TV Brasil. 

“Todos os caminhoneiros com registro ativo até 31 de maio de 2002 serão contemplados com pagamento do benefício”, afirmou. Os lotes seguintes, de R$ 1 mil (cada), estarão disponíveis para pagamento no dia 24 de setembro, 22 de outubro, 26 de novembro e 17 de dezembro.

Benefício Taxista

Já os taxistas, de acordo com Oliveira, vão receber as parcelas de julho e agosto no dia 16 de agosto. O valor é o mesmo dos caminhoneiros, R$ 1 mil, totalizando R$ 2 mil no dia 16. “Nós recorremos às prefeituras para identificarmos os possíveis beneficiados e já temos mais de 300 mil taxistas cadastrados”, disse. O ministro lembrou também, durante a entrevista, que ainda não estão definidas quantas parcelas serão pagas aos taxistas.

Os benefícios serão pagos aos caminhoneiros e taxistas para enfrentar o estado de emergência decorrente da elevação do preço do petróleo, combustíveis e seus derivados e dos impactos sociais deles decorrentes.

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