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Finanças

Ibovespa fecha em queda após pregão volátil; dólar recua a R$ 5,05

Dia foi marcado por nova alta do petróleo no exterior, alimentando temores sobre inflação.

ibovespa

O principal índice da bolsa brasileira, Ibovespa, encerrou em baixa nesta terça-feira (8), após pregão volátil e depois de sofrer no dia anterior a maior queda em 2022 até agora. O dia também foi marcado por uma nova alta dos preços do petróleo, o que impulsiona temores de inflação e estagnação econômica. O dólar fechou em queda em relação ao real, chegando a descer à faixa de R$ 5,04 na mínima do dia.

No dia, o Ibovespa caiu 0,35%, aos 111.203 pontos. Já o dólar encerrou com baixa de 0,49%, comercializado a R$ 5,0537.

Os futuros do petróleo Brent superaram os US$ 139 por barril na segunda-feira (7) pela primeira vez desde 2008 e, nesta terça, chegaram a cerca de US$ 133 por barril mais cedo, em meio a temores de que a guerra na Ucrânia e sanções contra a Rússia minem a oferta global.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira uma proibição às importações de petróleo e outras fontes de energia da Rússia em retaliação pela invasão da Ucrânia, mas reconheceu que a medida elevará os preços da energia para os consumidores. “Estamos proibindo todas as importações de petróleo e gás da Rússia”, disse Biden a repórteres na Casa Branca.

“O que a gente está vendo é uma guerra de sanções. Num primeiro momento isso impacta o preço dos barris no curto prazo. Mas se não houver uma melhora no cenário de conflito entre Rússia e Ucrânia, a alta do petróleo pode se prolongar“, comentou Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed.

O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, comentou mais cedo que “a pressão de commodites no geral ultrapassa o racional, assim como as pressões na curva de juros, tornando impossível se gerar quaisquer projeções precisas sobre os rumos da inflação e da atividade econômica, tanto aqui quanto no restante do mundo”. “Este deveria e deve ser o especial momento de cautela dos Bancos Centrais“, acrescentou o economista.

  • Saiba mais, assista ao Boletim InvestNews:

Combustíveis no Brasil

Com o petróleo disparando no exterior, o presidente Jair Bolsonaro disse na segunda que o governo federal prepara medidas para combater a alta dos preços dos combustíveis. Ele voltou a criticar a política de preços a Petrobras, afirmando que a paridade entre o valor do barril de petróleo no mercado internacional e o preço de combustíveis praticados nas bombas dos postos no Brasil “não pode continuar”.

Um plano estudado pelo governo inclui a implementação de um programa de subsídio, embora uma fonte tenha dito à Reuters que a equipe econômica é totalmente contra essa medida.

Em nota, analistas da Genial Investimentos disseram que eventual subsídio aos combustíveis poderia piorar a situação das contas públicas e, consequentemente, levar a um aumento do déficit primário, o que preocupa do ponto de vista fiscal, mas ponderaram que o desconforto dos mercados com tal medida não seria tão grave quanto o visto no fim do ano passado, quando a regra do teto de gastos foi alterada sob a PEC dos Precatórios.

“O teto era uma âncora fiscal estrutural, de longo prazo, enquanto o subsídio pode ser definido por tempo limitado e com custo definido”, explicaram.

Bolsas mundiais

Wall Street

As principais ações dos Estados Unidos fecharam em baixa em um pregão instável nesta terça-feira, enquanto investidores avaliavam o rápido desenrolar em torno da crise na Ucrânia.

O índice S&P 500 fechou em queda de 0,72%, a 4.170,70 pontos. O Dow Jones caiu 0,56%, a 32.632,64 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuou 0,28%, a 12.795,55 pontos.

Ásia e Pacífico

O mercado acionário da China ampliou as perdas nesta terça-feira depois de atingir mínimas de vários anos na sessão anterior, uma vez que o fraco progresso nas negociações sobre a Ucrânia, preocupações com a inflação e surtos domésticos de coronavírus pesaram sobre os mercados.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,71%, a 24.790 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,39%, a 20.765 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,35%, a 3.293 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 2,01%, a 4.265 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 1,09%, a 2.622 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 2,06%, a 16.825 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 1,22%, a 3.148 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,83%, a 6.980 pontos.

* Com informações da Reuters.

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