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5 fatos para hoje: investigação sobre preços dos combustíveis; captação da B3

Deputado quer pedir ao Cade e ao Ministério Público investigação sobre a formação dos preços.

Carro sendo abastecido em posto de combustíveis. ICMS sobre combustiveis
Foto: REUTERS/Max Rossi/File Photo

1 – Deputado quer Cade e MP investigando formação de preços pela Petrobras

O deputado Elmar Nascimento (DEM-BA) quer pedir ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e ao Ministério Público investigação sobre a formação de preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR3, PETR4). A iniciativa deve ter o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), segundo o parlamentar.

“Não é possível que importadores consigam trazer o gás liquefeito do Catar, regaseificar e vender a US$ 3,50 e a Petrobras comprar a US$ 1,50, aqui no litoral, gás que é extraído do pré-sal e vender a US$ 10. Nós votamos a lei do gás, na perspectiva de reduzir o preço do gás e houve um aumento de quase 60%. É necessário a gente representar junto ao Cade, abrir um processo de investigação e tomar providências com relação a isso”, disse Nascimento.

“O presidente Arthur Lira está convencido. Ele disse que, redigido esses pedidos, ele assinaria pessoalmente”, completou o deputado.

No início desta semana, Lira levou ao principal palco da Câmara, o plenário, uma audiência com o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. A reunião estava inicialmente agendada para ocorrer na Comissão de Minas e Energia. Lira ainda fez questão de anunciar o evento nas redes sociais, com críticas à estatal. “Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha (…) A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas”, publicou Lira no Twitter na segunda-feira, 13.

Durante a audiência, Silva e Luna disse que nem todas as alterações de preços de combustíveis têm relação direta com atuações da estatal. “Quando há flutuação dos preços, não quer dizer que a Petrobras teve alguma atuação sobre o preço”, afirmou.

A formação do preço dos combustíveis é composta pelo preço cobrado pela Petrobras nas refinarias (a maior margem), mais tributos federais (PIS/Pasep, Cofins e Cide) e estadual (ICMS), além do custo de distribuição e revenda. Há ainda o custo do etanol anidro na gasolina, e o diesel tem a incidência do biodiesel.

2 – B3 capta US$ 700 mi e eleva projeção de dívida bruta/Ebitda de 2021

A B3 (B3SA3) anunciou na quarta-feira (15) uma revisão na estimativa de alavancagem financeira para o fim de 2021, após concluir uma captação de US$ 700 milhões em bônus.

Em fato relevante, a operadora de infraestrutura de mercado financeiro passou a prever para o final deste ano uma relação dívida bruta/Ebitda em 12 meses de duas vezes.

“Após a conclusão da emissão internacional, a alavancagem financeira da companhia ultrapassará, temporariamente, o valor de 1,5 vez a dívida bruta sobre Ebitda recorrente dos últimos 12 meses”, afirmou a B3.

O comunicado veio pouco após a empresa concluir uma captação com bônus de 10 anos vinculados a metas de sustentabilidade.

Por meio do acordo a B3 se obriga a criar um índice de diversidade até dezembro de 2024 Se não fizer, passará a pagar em setembro de 2025 um cupom de 12,5 pontos-base a mais.

Além disso, a empresa terá que elevar dos atuais 27,2% para pelo menos 35% o percentual de mulheres em cargos de liderança até o fim de 2026, ou também pagar 12,5 pontos-base sobre os papéis emitidos no cupom de setembro de 2027.

3 – Hypera paga R$ 500 mi e encerra arbitragem sobre venda do negócio de descartáveis

 O grupo farmacêutico Hypera (HYPE3) anunciou na quarta-feira (15) que fechou acordo por meio do qual pagará à Falcon R$ 500 milhões para encerrar um processo de arbitragem envolvendo a venda do negócio de descartáveis em 2017.

Em fato relevante, a Hypera afirmou que o pagamento “não altera as projeções financeiras estabelecidas para o ano de 2021 ou os investimentos previstos”.

4 – Randon terá linha férrea própria no interior de SP

Após adquirir sete empresas em dois anos e finalizar um processo de ampliação de capacidade produtiva de várias de suas unidades, o grupo Randon (RAPT4) lança nesta quinta-feira (16), em sua divisão de implementos, a pedra fundamental da construção de uma malha ferroviária na unidade de Araraquara (SP). A filial também inaugura novas instalações após obras que começaram em 2019, um ano após o início da operação da unidade sob o comando do grupo familiar.

A linha férrea partirá de dentro da fábrica e percorrerá 1,5 km transportando vagões, reboques e semirreboques a um ramal principal na mesma cidade, de onde serão enviados para clientes da empresa em todo o País por ferrovias. A obra ficará pronta em 2023.

O presidente da empresa, Daniel Randon, diz que o transporte hoje é feito por rodovia, o que exige complexa logística. Os implementos precisam ser levados até a cidade de Sumaré, onde são montados em um galpão, num percurso total de 150 km.

5 – Senado vai se concentrar em Correios, reformas e mudanças eleitorais, diz Pacheco

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a pauta do Senado nos próximos dias vai se concentrar na privatização dos Correios, nos projetos relativos à reforma tributária, na reforma administrativa e nas mudanças eleitorais para 2022. A agenda foi citada durante entrevista em um evento com prefeitos em Goiânia, capital de Goiás.

O governo do presidente da República, Jair Bolsonaro, tenta destravar a pauta econômica no Senado, após o acirramento da crise política entre os Poderes. Pacheco sinalizou que os senadores vão apreciar as propostas.

Nos últimos dias, o governo vem sofrendo derrotas na Casa, tanto pela rejeição de propostas quanto pela alteração de medidas estratégicas.

(*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo)

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