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Criptomoedas alternativas ao bitcoin: ‘Muita especulação’, diz Ulrich

Em entrevista ao InvestNews, especialista comenta surgimento do Dogecoin e outras: ‘não dá para encarar como investimento sério’.

Popularizada em 2021 após tuítes do fundador da Tesla, Elon Musk, e chegando a registrar valorização de até 6.000%, a criptomoeda dogecoin pode ser vista por alguns investidores como uma oportunidade de ganhos rápidos. Mas, para o especialista Fernando Ulrich, essa e outras “altcoins” (criptomoedas alternativas), como shiba inu, “não dá para encarar como um investimento sério”. 

Em entrevista exclusiva ao InvestNews, o economista da Liberta Investimentos falou sobre a existência de milhares de criptomoedas alternativas que surgiram na esteira do bitcoin, mas que, segundo ele, não cumprem o mesmo papel. 

“Em termos de percentual de carteira, tirando o bitcoin, essas posições mais especulativas têm que ser um percentual muito, muito baixo. Eu digo muito baixo, é abaixo de 5% do patrimônio. E, se considerar o bitcoin dentro dos criptoativos como um todo, a maior parte deveria ser bitcoin, na minha avaliação. Porque o resto é muita especulação.”

“Alguns podem se valorizar para caramba? Podem. Mas, numa correção, cai 90%. Então, isso é preciso ter em mente”, alerta Ulrich.

Ele comenta ainda as criptomoedas alternativas surgidas como brincadeiras, as chamadas “memecoins”, como é o caso da Shiba Inu. “Não pense nisso como investimento e nem como uma alternativa que você possa avaliar os fundamentos. Não tem. Dogecoin os principais fundamentos nos últimos meses foram tuítes do Elon Musk. Então, é uma brincadeira e ele sabe manipular o mercado muito bem.”

Ulrich comenta que o surgimento dessas moedas “tem a ver um pouco com a própria evolução desse mercado, porque criptoativos são tecnologias distribuídas, que qualquer um pode inovar, criar o seu criptoativo”. 

No entanto, essa capacidade de criação não necessariamente resulta em atribuição de algum valor como investimento, explica ele. “Se a gente quiser a gente copia aqui, agora, os códigos do bitcoin. Muda o nome e diz: ‘agora é o bitcoin Ulrich’. Mudo a quantidade. Enfim, é muito fácil copiar os códigos. Mas não atribuir valor ou conseguir um preço de mercado pelo ‘bitcoin Ulrich’ que a gente acabou de criar”, explica. 

De qualquer maneira, ele aponta: “embora eu acredite que o bitcoin esteja desempenhado o seu papel e sem concorrência, isso não quer dizer que outros ativos não podem acabar tendo uma valorização até mais expressiva do que o bitcoin. Então, dizer ‘não, esquece todo o resto e fica só em bitcoin’, acho que depende de cada um, do apetite para risco.”

‘Inverno cripto’

Ulrich comentou ainda a recente desvalorização das criptomoedas, em um movimento conhecido no mercado como “inverno cripto”, “o mercado baixista dessa indústria”. “Mas ele costuma durar menos tempo. A gente já viu alguns invernos desse mercado”, diz o economista.

Ele espera que, nos próximos meses, a tendência se inverta. “Talvez, difícil dizer, mas logo mais, talvez no segundo semestre, já estejamos num movimento de ‘bull market’, um verão cripto. Tudo acontece muito rápido nesse mercado. É importante ter isso em mente.” 

“Esse mercado tem seus termos, expressões, costumes, datas comemorativas, memes próprios. E uma das coisas bacanas é que, em termo de percepção de passagem do tempo, a gente costuma dizer que é tipo vida de cachorro: um ano vale por sete no mercado de cripto”, afirma o especialista. 

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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