Três milhões de barris por dia (bpd) de petróleo e derivados russos podem não chegar ao mercado a partir de abril, após a invasão da Ucrânia, disse a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) nesta quarta-feira (16), com sanções e compradores adiando negócios.
O aumento dos preços das commodities e as sanções contra a Rússia “devem diminuir consideravelmente o crescimento econômico global” e impactar a inflação, acrescentou a IEA com sede em Paris, oferecendo um quadro sombrio de escassez e incerteza para o mercado de petróleo.
Foi o primeiro relatório mensal sobre petróleo da IEA, que representa 31 nações em sua maioria industrializadas, mas não a Rússia, desde que a invasão russa de seu vizinho fez com que o petróleo Brent chegasse a quase US$ 140 o barril.
“Vemos uma redução nas exportações totais (russas) de 2,5 milhões de bpd, dos quais o petróleo representa 1,5 milhão de bpd e os produtos 1 milhão de bpd”, disse a IEA em seu relatório mensal de petróleo.
Além disso, projetou menor demanda doméstica russa por derivados de petróleo.
“Essas perdas podem se aprofundar se as proibições ou a censura pública acelerarem”, disse a IEA.
A Rússia exporta diariamente de 7 milhões a 8 milhões de barris de petróleo e produtos.
A IEA reduziu sua previsão para a demanda mundial de petróleo do segundo ao quarto trimestres de 2022 em 1,3 milhão de bpd. Para o ano inteiro, reduziu sua previsão de crescimento em 950.000 bpd para 2,1 milhões de bpd, para uma média de 99,7 milhões de bpd.
Isso significaria um terceiro ano de demanda abaixo dos níveis pré-pandêmicos que a agência havia visto anteriormente se recuperar em 2022.
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