As principais tradings globais de cacau pediram à União Europeia que adie as novas regras ambientais destinadas a combater o desmatamento, em meio a críticas crescentes.
A ausência de clareza de elementos-chave da regulamentação torna os esforços de conformidade altamente incertos, disse a Associação Europeia do Cacau em carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
A associação, que representa empresas de chocolate e tradings agrícolas, como Barry Callebaut e Cargill, solicitou uma extensão do período de transição por pelo menos seis meses.
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Há uma semana, o chanceler alemão Olaf Scholz também criticou a regulamentação, na esteira de objeções expressas por países como Brasil, Indonésia e Malásia, que argumentam que a lei terá um impacto negativo nos mercados globais de commodities. O maior grupo político no Parlamento Europeu também reiterou suas críticas à regulamentação.
A implementação das novas regras caminha para um “fracasso crítico, com consequências sérias para a cadeia de fornecimento de cacau”, disse o presidente da associação, Paul Davis.
O grupo citou dificuldades operacionais em um sistema de informação crucial, incluindo sua capacidade de processar milhões de dados agrícolas adequadamente, e incerteza sobre como os países-membros interpretarão a legislação. A regulamentação está marcada para começar a valer em 30 de dezembro.
O Partido Popular Europeu expressou novas críticas ao regulamento, dizendo em uma declaração que o “monstro burocrático ameaça o fornecimento de ração animal e o comércio de muitos bens de consumo”.
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