A B3 se tornou na última quarta-feira (15) a primeira bolsa de valores do mundo a emitir um Sustainability Linked Bond (SLB) – Título de sustentabilidade vinculado, no valor de US$ 700 milhões, se comprometendo financeiramente com o cumprimento de metas atreladas à sustentabilidade.
Os títulos SLB são instrumentos de dívida que têm o objetivo de fazer com que o emissor alcance metas de sustentabilidade. Em caso de não cumprimento, o custo para o emissor aumenta, pois o investidor passa a receber uma remuneração maior do que a combinada no momento da emissão do título.
O SLB emitido pela B3 tem prazo de 10 anos e será destinado somente aos investidores institucionais qualificados que residam no exterior. O título de renda fixa atrelado à sustentabilidade tem duas metas, segundo comunicado da B3:
- Criação, até 2024, de um índice de mercado para medir a performance de empresas que tenham bons indicadores de diversidade;
- Atingir, até 2026, o percentual de 35% de mulheres em cargos de liderança na B3 (gerentes, superintendentes e diretoria, o que inclui também os C-levels, cargos de alto nível executivo, como CEO)
A remuneração do papel será de 4,125% ao ano, e no caso da meta de diversidade, se não for atingida, resultará em 0,125% de juros sobre a dívida a partir do pagamento do cupom em setembro de 2025. Já sobre a meta de 35% de mulheres em cargos de liderança, quando não alcançada, resultará em 0,125% de juros sobre a dívida a partir do pagamento do cupom em setembro de 2027.
Veja também
- Gestoras brasileiras reduzem exposição em Brasil e compram mais ações nos EUA
- Como se proteger do sobe e desce do mercado?
- SPAC na B3: o que é e como funciona essa febre do mercado
- Como investir em ações sem medo?; analista recomenda 3 dicas