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Brasileiros com grandes fortunas migram para fintechs, mostra estudo

Fintechs devem captar a maior parte dos clientes, com 57% da preferência, mostra levantamento da EY.

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Crédito: Pixabay

As fintechs – startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais – estão ganhando cada vez mais a atenção dos brasileiros na competição com os bancos tradicionais.  A constatação é do estudo “EY Global Wealth Survey”. A empresa de consultoria e auditoria entrevistou dois mil clientes em 26 países, incluindo o Brasil. 

De acordo com o levantamento, um terço dos entrevistados trocou ou avalia substituir, nos próximos três anos, seus provedores de serviços financeiros em wealth management (ramo do mercado financeiro que oferece, de forma combinada, os serviços de consultoria, planejamento e gestão de investimentos para pessoas físicas e jurídicas). 

O levantamento aponta que os entrevistados se tornaram mais bem informados nos últimos anos. “O cliente brasileiro é muito curioso. Interessado em novidades. Quando uma fintech dá opções, ele testa e distribui seu portfólio. Essa fintech ganha o cliente na customização e na profissionalização de produtos”, explica a diretora-executiva da EY Brasil Daniella Cury.

Preferência pelas fintechs

Nessas possíveis transições, as fintechs devem captar a maior parte dos clientes, com 57% dos respondentes indicando a preferência por essas empresas, seguidas pelos consultores independentes, que devem ser utilizados por 48%.

Daniella Cury salienta que as fintechs ainda não conseguem atender ao cliente em todas suas demandas porque não têm uma gama de produtos que um grande banco possui. “Por isso, o investidor não concentra tudo em um único lugar. Cada um tem uma demanda e o provedor foca em um determinado momento da vida dele.”

Metade dos 100 brasileiros consultados na pesquisa relata ainda a intenção de diversificar seus investimentos em diferentes tipos de ativos – 48% têm a intenção de acumular grandes riquezas. A segurança financeira e a garantia de uma receita adequada ao seu perfil de risco estão na preferência de 46%, enquanto 44% desejam formar herança para os seus descendentes.

Gerações milionárias

Entre os entrevistados que têm intenção de trocar de provedor, estão os membros das chamadas gerações X (entre 41 e 56 anos) e Millenials (entre 24 e 40 anos). Os da Geração X são os mais distribuídos em termos de riqueza, sendo a maior fatia formada pelos milionários – com fortuna variando entre US$ 5 milhões e US$ 29.9 milhões. Entre os Millenials, mais da metade é formada por profissionais cujas riquezas têm origem em ganhos obtidos por meio de bônus. 

“Os Millenials são os que menos conhecem o mercado financeiro e estão ávidos por informações. Cerca de 26% disseram não entender os mecanismos de cobrança. Quando surge uma plataforma simples, eles migram”, explica a diretora-executiva.

O uso da tecnologia também ganhou destaque no estudo, indicando que os aplicativos para dispositivos móveis lideram a preferência desses clientes – com os Millenials (58%) e a Geração X (52%) estando entre os principais usuários -, uma vez que são vistos como ferramentas de personalização dos produtos e serviços oferecidos pelo setor de Wealth Management.

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