O tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (16) a compra da provedora de software Linx (LINX3) pela empresa de meios de pagamentos Stone (STNE), sem restrições, entendendo que o negócio não representa riscos ao mercado.
“A operação merece ser aprovada sem restrições, conforme concluiu a SG (Superintendência Geral do Cade)”, disse o relator do caso, conselheiro Sergio Ravagnani, em sessão transmitida online. Ele acrescentou que as empresas não possuem capacidade de fechar mercado e que a Linx não tem “condições de influenciar soluções de adquirência contratadas pelos clientes” como resultado da operação.
A transação recebeu objeções de rivais como Cielo, Safra e Adyen, que citaram, segundo a leitura do relator, que clientes de softwares da Linx poderiam ser forçados a migrar suas soluções de pagamentos para a Stone.
A aquisição da Linx, cuja proposta foi anunciada em agosto do ano passado, deve transformar a Stone em uma provedora integrada de software e pagamentos em um momento em que novos rivais e novas tecnologias – como a plataforma de pagamentos instantâneos Pix, lançada pelo Banco Central – estão transformando a indústria de pagamentos no Brasil.
Às 16h15, as ações da Linx exibiam queda de 0,2%, enquanto os papéis da Stone em Nova York mostravam baixa de 2%. No mesmo horário, o Ibovespa mostrava queda de 0,5%.
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