A CSN anunciou nesta quarta-feira acordo não vinculante para venda de participação de até 11% em sua empresa de mineração para a japonesa Itochu, segundo fato relevante ao mercado.
A companhia afirmou que o conselho de administração aprovou a proposta não vinculante da Itochu pela fatia na CSN Mineração, mas que os “a consumação da potencial operação está sujeita à aprovação prévia” de ambas as empresas.
“A CSN entende que a governança e a estrutura de controle da CMIN não serão afetadas”, afirmou o grupo industrial brasileiro.
A participação de 11% na mineradora vale cerca de R$ 3,6 bilhões considerando a cotação de fechamento de terça-feira, de R$ 5,95, segundo cálculo da Reuters.
Além da CSN, que detém 79,75% da mineradora, o maior acionista da CSN Mineração é a Japão Brasil Minério de Ferro Participações, empresa criada e controlada pela Itochu e que detém 9,26% da CSN Mineração, segundo dados das empresas e divulgações no diário oficial do Estado de São Paulo.
Além do grupo japonês, a mineradora ainda tem como sócios a sul-coreana Posco (1,86%) e a China Steel Corporation (0,41%).
Logo após a abertura do mercado nesta quarta-feira, a ação da CSN Mineração subia 2%, cotada R$ 6,07, liderando as altas do índice Ibovespa.
A CSN, que vinha prometendo há meses um acordo evolvendo a mineradora para ajudar a levantar capital para reduzir alavancagem financeira, não informou quando um acordo definitivo pode ser alcançado ou os termos financeiros da proposta da Itochu.
O anúncio vem um em momento em que a CSN segue negociando a compra da cimenteira Intercement. Mais cedo neste ano, o então diretor financeiro da CSN, Marcelo Cunha Ribeiro, afirmou que uma eventual aquisição da Intercement não mudava o objetivo da companhia de reduzir a alavancagem para duas vezes até o final deste ano.
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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