A gigante de compartilhamento de carros chinesa Didi Global anunciou nesta sexta-feira (3) que fechará capital na Bolsa de Nova York e listará suas ações em Hong Kong, menos de seis meses após uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) em Wall Street que atraiu a ira do governo da China e notabilizou o crescente cerca de Pequim contra o setor de tecnologia local.
Em publicação em uma rede social, a empresa informou que a decisão foi tomada após “cuidadosa análise”. A bolsa de Hong Hong caía 0,15%, por volta das 4h (de Brasília), após a notícia.
A companhia não forneceu detalhes de como os planos serão concretizados. Uma opção seria primeiro garantir uma listagem em outro lugar, enquanto outra rota seria buscar um acordo “take-private” que compraria as ações detidas por investidores públicos – uma transação que exigiria bilhões de dólares de financiamento, dada sua capitalização de mercado.
A Didi revelou que solicitará a retirada de suas ações depositárias americanas em Nova York, ao mesmo tempo em que garante que sejam conversíveis em papéis que possam ser negociadas livremente em outra bolsa de valores internacional. Uma assembleia de acionistas será organizada para tratar do fechamento de capital.
A Didi listou suas ações em Nova York em 30 de junho depois de levantar cerca de US$ 4,4 bilhões em um IPO. Logo em seguida, as autoridades chinesas, surpreendidas com a decisão, disseram que estavam conduzindo uma análise de segurança de dados. Os reguladores chineses também impediram que os negócios de Didi na China adicionassem novos usuários e ordenaram que alguns aplicativos fossem desativados.
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