Em dança das cadeiras, Nvidia ultrapassa Amazon e Alphabet em valor de mercado

As ações da Nvidia mantiveram sua trajetória de alta nos últimos dias, levando a empresa de chips e semicondutores ultrapassar a Alphabet (dona do Google) em valor de mercado.

Com uma capitalização avaliada em US$ 1,83 trilhão, os papeis da companhia fecharam em alta de 2,5% na quarta-feira (14). Apesar de a Alphabet também ter registrado avanço de 0,5% no dia, a proprietária do Google tem até o momento um valor de mercado menor, de US$ 1,82 trilhão. A Amazon, por sua vez, é avaliada em US$ 1,76 trilhão.

A última vez que a Nvidia foi mais valiosa do que a varejista fundada por Jeff Bezos foi em 2002, quando cada uma valia menos de US$ 6 bilhões.

Entre as americanas, a companhia é a terceira na lista das mais valiosas – com Microsoft e Apple na 1ª e 2ª posição –, e a quarta no ranking mundial, dado que Saudi Aramco, listada na Arábia Saudita, vale mais de US$ 2 trilhões.

A Nvidia tem visto suas receitas aumentarem dado ao rali de empresas de tecnologia incorporando inteligência artificial em seus produtos e serviços.

Os negócios da empresa se expandiram rapidamente durante a pandemia, quando os games decolaram, a adoção de serviços em nuvem aumentou e os entusiastas de criptomoedas recorreram a seus chips para minerar moedas. 

Somado a isso, o rápido sucesso do ChatGPT impulsionou seu crescimento, dada a demanda crescente por processadores de inteligência artificial, chatbots e outras ferramentas.

No ano passado, a fabricante chegou a projetar chips menos poderosos que se enquadrem nos atuais limites impostos pelo Departamento de Comércio dos EUA para exportação para a China ou outros países considerados “preocupantes”. O governo americano tem imposto uma série de restrições de acesso à tecnologia.

Ainda assim, a Nvidia conseguiu sair rapidamente de uma crise de chips em todo o setor e a acelerar o crescimento das vendas ao ritmo mais rápido em anos.

O balanço de resultados da companhia será divulgado na próxima semana, em 21 de fevereiro. A ver como as ações vão reagir.