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Evergrande visa proposta de reestruturação em 6 meses; China reforça controle

Empresa está lutando para pagar credores, fornecedores e investidores em produtos de gestão de patrimônio.

Sede da Evergrande Group em Shenzhen, China 26/09/2021 REUTERS/Aly Song

A Evergrande disse nesta quarta-feira (26) que pretende ter uma proposta preliminar de reestruturação em seis meses, com a endividada incorporadora chinesa lutando para acalmar credores assustados com calotes desde ela começou a desmoronar em 2021.

O anúncio veio enquanto o governo da China aperta o controle sobre a incorporadora e toma medidas para estabilizar o setor imobiliário do país, que foi atingido pela crise.

Alguns donos de títulos disseram ter ficado desapontados com a apresentação de 25 minutos com credores, que incluiu respostas preparadas para perguntas.

Outrora a maior incorporadora da China, a Evergrande acumulou dívidas de mais de US$ 300 bilhões e está lutando para pagar credores, fornecedores e investidores em produtos de gestão de patrimônio.

O recém-nomeado diretor executivo da Evergrande, Siu Shawn, também presidente do Evergrande New Energy Vehicle, disse na teleconferência com os credores que o grupo está trabalhando em um plano de reestruturação abrangente.

“O conselho de administração e o comitê de gestão de risco esperam mante contato com os investidores e respeitosamente pedir que não tomem nenhuma ação legal agressiva para manter a estabilidade para os benefícios mútuos de todas as partes interessadas”, disse Siu na teleconferência.

“Percebemos que há dúvidas sobre a transparência e o processo de reestruturação do grupo e gostaríamos de aproveitar a oportunidade para explicar a todos os credores que o conselho de administração, o comitê de gestão de risco e o grupo trabalharão rapidamente para estabilizar o grupo”, disse Siu.

A agência de classificação Moody’s disse em relatório que os covenants (compromissos contratuais com os credores assumido por quem toma crédito) na emissão da Evergrande se tornaram cada vez mais frouxos, reduzindo ou eliminando as principais proteções e colocando em perigo as perspectivas de recuperação dos credores.

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Este conteúdo é de cunho jornalístico e informativo e não deve ser considerado como oferta, recomendação ou orientação de compra ou venda de ativos.

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