A XP (XPBR31), maior plataforma independente de investimentos do Brasil, teve lucro líquido de R$ 796 milhões no primeiro trimestre, queda de 7% sobre o desempenho de um ano antes, com receita estável e forte recuo nas captações líquidas de recursos.
Analistas, em média, esperavam que a XP apresentasse lucro líquido de R$ 800,8 milhões no período, segundo dados da Refinitiv.
A companhia apurou receita líquida de R$ 3,13 bilhões, praticamente estável sobre o desempenho do mesmo período de 2022.
A rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROAE) recuou de 22,8% no início do ano passado para 18,7% nos três meses encerrados em março.
O grupo somou R$ 954 bilhões em ativos de clientes, crescimento de 9% na comparação anual. Já a captação de recursos tombou 65%, para 16 bilhões.
A base de clientes ativos subiu 13%, para quase 4 milhões, enquanto o número de funcionários encolheu 3%, para 6,15 mil. Enquanto isso, os agentes autônomos de investimentos credenciados na plataforma subiram 21%, para 13 mil.
“A recuperação da atividade de clientes e melhor performance da rede de assessoria em relação ao quarto trimestre foram os principais fatores que levaram a uma melhora sequencial, apesar do cenário macroeconômico ainda muito desafiador”, afirmou a XP no balanço.
A XP tem apostado em oferta de mais produtos para clientes da companhia, algo que segundo a empresa começa a dar frutos. No primeiro trimestre, as áreas de Previdência, Cartões, Crédito e Seguros, somaram R$ 405 milhões em receita combinada, um crescimento anual de 64%.
As operações com cartões de crédito dispararam 90%, para um volume de transações de R$ 8,6 bilhões. A carteira de crédito também saltou, 52%, para R$ 17,5 bilhões.
“A XP demonstrou humildade ao reconhecer alguns excessos cometidos ao longo da pandemia, e agilidade com capacidade de execução para recolocar sua estrutura de custos onde deveria estar”, afirmou em comunicado à imprensa o vice-presidente financeiro da empresa, Bruno Constantino.
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