Perfis
Mark Zuckerberg
Conheça o criador, fundador, dono e CEO do Facebook (Meta), além de formação, história e vida pessoal.
Conheça o criador, fundador, dono e CEO do Facebook (Meta), além de formação, história e vida pessoal.
Nome Completo | Mark Elliot Zuckerberg |
Nascimento | 14/05/1984 |
Local de Nascimento | White Plains, condado de Westchester, Nova York (EUA) |
Filhos | 3 |
Nacionalidade | norte-americano |
Formação | Psicologia e Ciência da Computação na Universidade de Harvard |
Ocupação | empresário e desenvolvedor |
Fortuna | US$ 109,1 bilhões (Forbes 2023) |
Estado Civil | casado com Priscilla Chan |
Site oficial | https://www.facebook.com/ |
Redes Sociais |
O norte-americano Mark Elliot Zuckerberg, também chamado de “Zuck”, nasceu em 14 de maio de 1984. Ele é bilionário, filantropo e empresário e ficou conhecido por ser um dos fundadores do Facebook (Meta). De acordo com a Forbes, o patrimônio de Mark Zuckerberg chega a US$ 109,1 bilhões (2023).
Caso prefira, confira o conteúdo abaixo em áudio:
Zuckerberg nasceu em uma família judia em White Plains, condado de Westchester, Nova York. Os pais dele são Kristen e Edward Zuckerberg, respectivamente psiquiatra e dentista.
Ele cresceu em Westchester juntamente com as irmãs Randi, Donna e Arielle. Aos 13 anos o então garoto ganhou seu bar mitzvah, mesmo já declarado ser ateu. Isso mudou ao longo do tempo: em 2016 Zuckerberg disse que havia passado por um período de questionamentos e que considerava a religião algo muito importante.
Desde cedo a inteligência de Zuckerberg chamou a atenção. Na escola em que estudava, a Ardsley High School, teve grande destaque em arte e cultura clássicas. Ele foi transferido para a Phillips Exeter Academy, e ganhou vários prêmios em ciências da astronomia, matemática e física. Nos estudos clássicos, Zuckerberg aprendeu a ler e escrever em francês, hebraico, latim e grego antigo. O adolescente ainda teve tempo para participar da equipe de esgrima.
O interesse pelos computadores começou aos 12 anos, quando criou o Atari BASIC, com a ajuda do pai, para fazer um programa de troca de mensagens usado pela família, batizado de Zucknet. Ele queria apenas falar com o pai entre as consultas e avisar quando o próximo paciente havia chegado, sem precisar correr pela casa. Ao perceber o interesse do filho, Edward Zuckerberg contratou um professor particular de programação.
O ZuckNet era uma rede com comunicador instantâneo que permitia a troca de mensagens entre as máquinas. Depois disso, o adolescente criou um tocador de música que mostrava uma das principais características do que seria o Facebook no futuro: a tentativa de prever o que o usuário quer consumir.
Desenvolvido em parceria com seu colega e o futuro diretor de tecnologia da rede social, Adam D’Angelo, o Synapse Media Player, em sua aparência, não era tão diferente dos diversos tocadores de MP3 da época, como o Winamp ou Windows Media Player.
Seu diferencial mostrava o que os usuários das redes sociais percebem hoje: após navegar por alguns dias, o programa conseguia cruzar informações das músicas já ouvidas e começava a indicar as próximas canções.
O uso de inteligência artificial para prever o futuro chamou a atenção de gigantes como a AOL e a Microsoft, que fizeram oferta para comprar por cerca de US$ 1 milhão o Synapse Media Player da dupla, com uma proposta de emprego para seguir no projeto. Mas as companhias ouviram um não.
Em 2002, Mark Zuckerberg começou a estudar em Harvard, uma das universidades mais respeitadas do mundo. Mas isso tinha muita chance de não ter acontecido. Antes da matrícula, o pai de Zuckerberg ofereceu ao filho – e às suas três irmãs – a ideia de abrir uma franquia do McDonald´s em vez de ir para a faculdade. Proposta também recusada, e Zuckerberg se matriculou.
Os cursos eram de Psicologia e Ciência da Computação. Já no segundo ano, ele criou um programa chamado CourseMatch, que permitia que os usuários jogassem Atari Asteroids 1968 entre si, sem conexões, cabos ou Internet. Isso ajudou a formar grupos de estudo também.
Outro programa desenvolvido por Zuckerberg foi o Facemash, que permitia a escolha da mulher mais bonita da universidade.
Para montar o Facemash, ele acessou ilegalmente os sites dos alojamentos da universidade e capturou registros com nomes e fotos dos moradores. Em outubro de 2003 o site foi ao ar. Mas as reclamações começaram.
A página viralizou e o sistema recebeu, em quatro horas, 450 visitas de pessoas que avaliaram 22 mil fotos. Foi o suficiente para prejudicar a conexão à internet. Dias depois, o site foi retirado do ar.
Mark pediu desculpas, e, por isso, Harvard não o expulsou – e retirou as acusações de quebra de copyright, quebra de segurança e violação de intimidade. Por conta das polêmicas, o sistema foi desativado. Mas o futuro empresário percebeu o potencial comercial da ideia.
Esse foi o grande início da fortuna de Zuckerberg. O programa começou a ser reescrito em 2004 e começou com o nome TheFacebook. O objetivo inicial era criar uma rede social na qual os alunos da universidade pudessem se conectar e colocar informações básicas, como contatos, por exemplo.
Por conta do sucesso, logo chamou a atenção e ganhou outras funcionalidades. Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Eduardo Saverin ajudaram a “burilar” o programa.
No mesmo ano, o sucesso do TheFacebook se expandiu para outras universidades e Zuckerberg se mudou para o Vale do Silício, na Califórnia, abandonando a faculdade.
Com o site no ar, Zuckerberg (o perfil dele era o número quatro; os três anteriores eram falsos e foram feitos para testes) passou a convidar os amigos, pedindo que eles se inscrevessem e chamassem outras pessoas. Nas primeiras 24 horas, o site já tinha mais de mil alunos de Harvard cadastrados e, no fim do primeiro mês, metade dos estudantes da universidade já tinham seu perfil no TheFacebook.
O sucesso inicial levou Zuckerberg e Saverin a buscar ajuda. Pouco depois de colocar o site no ar, eles chamaram os colegas de faculdade Dustin Moskovitz, Andrew McCollum e Chris Hughes para fazer parte do projeto. É por isso que, hoje, os cinco são considerados fundadores do Facebook.
Outras universidades da chamada Ivy League, que incluem as melhores escolas dos Estados Unidos, puderam se inscrever também dois meses depois. Por conta do sucesso, Zuckerberg decidiu interromper os estudos e mudou-se para Palo Alto, na Califórnia, junto com seus sócios.
Eles alugaram uma casa para servir de escritório. Uma das primeiras ações oficiais dos jovens empresários foi comprar o domínio facebook.com por US$ 200 mil e tirar o “the” do nome oficial da empresa.
O Facebook recebeu US$ 500 mil em uma rodada de investimento anjo liderada por Peter Thiel em 2004, nos primeiros meses da rede social. O alemão Thiel era cofundador do PayPal, e ficou com 10,2% da companhia, além de assumir uma cadeira no conselho.
A rodada Series A, de US$ 12,7 milhões, foi liderada pela Accel em abril de 2005. Com a capitalização, a rede social foi avaliada em US$ 98 milhões. No ano seguinte, a Greylock liderou a Series B com US$ 27,5 milhões, ao atribuir um valor de US$ 500 milhões ao Facebook.
O estrondoso sucesso atraiu as gigantes da tecnologia. Zuckerberg negou diversas tentativas de venda para empresas como Yahoo, Microsoft e Google até que, em outubro de 2007, a Microsoft adquiriu 1,6% do Facebook por US$ 240 milhões. Isso colocava a rede social com um valor de mercado de US$ 15 bilhões.
Em fevereiro de 2012 houve o IPO (sigla em inglês de oferta inicial de ações) na Nasdaq, um importante passo para a capitalização da empresa, ao preço de US$ 38 por ação. A meta inicial era levantar aproximadamente US$ 5 bilhões.
Foi a terceira maior oferta inicial realizada em bolsa de valores até aquela data, com os lotes extras levando o volume de captação a US$ 16 bilhões.
O Facebook foi crescendo e passou a fazer diversas aquisições estratégicas. Isso trouxe a diversificando e a geração de diversas fontes de renda.
Em 2012, o Facebook comprou o Instagram, com foco na produção de fotos, por US$ 1 bilhão. Em 2014, o Facebook também comprou o whatsApp, aplicativo de mensagens instantâneas, pelo valor de US$ 16 bilhões. No mesmo ano, o Facebook fez outra aquisição, por US$ 2,2 bilhões: a Occulus, especializada em realidade virtual.
O Facebook resolveu, em 2021, mudar o nome para Meta Platforms. A decisão vai bem além da modificação de nomenclatura. A ideia era se posicionar na tendência de exploração e desenvolvimento do metaverso, levando a realidade virtual e aumentada para o próximo patamar.
Nesse espaço virtual o objetivo é proporcionar que as pessoas se encontrem, socializem, trabalhem e se divertam como se estivessem fisicamente presentes. Porém, com tecnologias digitais.
Quando a Cambridge Analytica, empresa publicitária voltada para a área política, usou os dados de milhões de usuários do Facebook para fazer propaganda política, a empresa de Zuckerberg foi alvo de muitas críticas, já que isso aconteceu sem o consentimento dos usuários.
Mas esse não foi o único escândalo envolvendo o Facebook. A empresa adquiriu dados de 87 milhões de usuários diferentes, supostamente ajudando as campanhas de Ted Cruz e Donald Trump. Em 2018, Christopher Wylie, ex-funcionário da Cambridge Analytica, deu entrevistas a veículos de notícias denunciando o caso. O Facebook veio a público e pediu desculpas. E teve que pagar US$ 5 bilhões aos Estados Unidos e 500 mil euros ao Reino Unido.
Além disso, Zuckerberg precisou apresentar-se ao Congresso americano, onde respondeu diversas perguntas dos parlamentares. Esse episódio foi acompanhado em peso pela mídia de diversos países.
Outro grande problema enfrentado por Mark Zuckerberg e pelo Facebook: ele enfrentou a acusação de que mentiu para colegas de Harvard ao fingir participar de um projeto de uma rede social da faculdade – chamada de Harvard Connection e chamada, mais tarde, de ConnectU, enquanto ganhava tempo desenvolvendo o Facebook.
Em acordo judicial em que foi acusado de roubar a ideia de rede social e intencionalmente atrasar o projeto concorrente, o Facebook pagou US$ 20 milhões em dinheiro e 1,2 milhão em ações.
A disputa entre os fundadores Zuckerberg e o brasileiro Eduardo Saverin já estão apaziguadas. Mas, no primeiro ano da rede social, Zuckerberg decidiu reduzir a participação do seu sócio, que não estava trabalhando diariamente na companhia.
Ele criou uma empresa que incorporou o Facebook e, na mudança, distribuiu um valor menor de ações para Saverin. Tratava-se de uma jogada societária. Saverin se defendeu e bloqueou todas as contas bancárias da empresa.
O brasileiro entrou na Justiça contra Zuckerberg e o Facebook e conseguiu um acordo extrajudicial, cujos termos não foram revelados. Parte da disputa foi contada no filme A Rede Social, de 2010.
O Instagram, criado em 2010, pode hoje ser chamado de carro-chefe de Zuckerberg. A rede social prioriza a imagem, com o compartilhamento de fotos.
Nos últimos anos, o Instagram passou por diversas mudanças. O recurso Stories, por exemplo, permite que os usuários compartilhem fotos e vídeos temporários que desaparecem após 24 horas e foi inspirado no Snapchat.
Em 2016 Zuckerberg tentou comprar o Snapchat, rede social de mensagens temporárias, sem sucesso. A compra não se concretizou, o que levou à criação dos stories, funcionalidade do Instagram que provocou a diminuição da base de usuários da concorrente.
A rivalidade dos gigantes chegou até os ringues – pelo menos verbalmente. A possibilidade de uma luta real entre Elon Musk e Mark Zuckerberg (que luta jiu-jitsu) começou após uma publicação do CEO da International Blockchain Consulting, Mario Newfal, que tuitou sobre o aplicativo da Meta que rivaliza com o Twitter, batizado de Threads.
Musk respondeu de forma provocativa ao tuíte de Newfal dizendo: “Tenho certeza que a Terra mal pode esperar para estar exclusivamente sob controle de Zuck, sem outras opções”.
Embora tudo pareça uma espécie de brincadeira, um porta-voz da Meta confirmou ao site The Verge que o fundador do Facebook estaria de fato disposto a uma briga real.
Zuckerberg seguia inovando. Umas das mais recentes notícias indicava que a Meta Platforms criou uma nova geração de óculos inteligentes Ray-Ban, que podem ser transmitidos diretamente no Facebook. No evento de lançamento, o empresário reforçou o plano de construir um metaverso imersivo.
O dispositivo incorpora um novo assistente Meta AI e é capaz de transmitir ao vivo o que um usuário estiver vendo diretamente para o Facebook e Instagram.
Mark Zuckerberg é casado com Priscilla Chan, uma pediatra e filantropa, desde maio de 2012. O casal se conheceu quando estudava em Harvard e começou a namorar em 2003. Em 2010 Zuckerberg e Priscilla ficaram noivos e, em 2013, se casaram em uma cerimônia íntima em Palo Alto. Eles têm três filhos, Máxima, August e Aurelia, que nasceram, respectivamente, e, 2015, 2017 e 2023.
Além da tecnologia e inovação, o empresário tem outra paixão. Ele é praticante de jiu-jitsu, compartilha a evolução em redes sociais e já participou de torneios. O surfe é outro hobby do bilionário.
Em 2010 Zuckerberg ganhou o prêmio Pessoa do Ano da revista Time. Em 2013, ele a esposa, Priscilla, entre outros empresários de tecnologia, criaram o Prêmio Avanço em Ciências da Vida. Zuckerberg, o fundador do Google, Sergey Brin e o investidor em tecnologia Yuri Milner premiaram cientistas em 11 categorias, com prêmios de US$ 3 milhões cada, quase o triplo do valor do Prêmio Nobel. A distinção reconhece o trabalho de cientistas que estudam doenças incuráveis e formas de se prolongar a vida.
Um fato curioso: Zuckerberg ganhou uma participação especial na série Os Simpsons, de grande sucesso. O episódio foi ao ar no dia 0 de abril de 2010, nos Estados Unidos.
O Facebook virou filme para o cinema em 2010. A trama conta a história de Mark Zuckerberg e dos fundadores do Facebook, com o título de A Rede Social. Zuckerberg foi interpretado pelo ator Jesse Eisenberg, que rendeu ao ator uma indicação ao Oscar.