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Nos últimos dez anos, empresas, mercados, investidores, gestores e consumidores acenderam um alerta para a sigla ESG. Consumir, viver e investir em um mundo sustentável se transformou em palavra de quase ordem.

Apesar de alguns países despontarem quando o tema é sustentabilidade, outros ainda tateiam o terreno. No universo dos investimentos, os critérios deixaram de ser apenas a rentabilidade e os riscos dos ativos, e se estenderam para seus impactos no meio ambiente, na forma como as empresas governam seus empregados e na diversidade.

No Brasil, o tema jogou luz à importância da sustentabilidade há pouco tempo, mas foi apenas em 2020, no período de uma das maiores crises de saúde da história, que iniciativas mais consistentes começa

Apesar de alguns países despontarem quando o tema é sustentabilidade, outros ainda tateiam o terreno. No universo dos investimentos, os critérios deixaram de ser apenas a rentabilidade e os riscos dos ativos, e se estenderam para seus impactos no meio ambiente, na forma como as empresas governam seus empregados e na diversidade.

No Brasil, o tema jogou luz à importância da sustentabilidade há pouco tempo, mas foi apenas em 2020, no período de uma das maiores crises de saúde da história, que iniciativas mais consistentes começaram a ser adotadas. Coincidentemente – ou não – descobriu-se o potencial brasileiro para o crescimento dos investimentos e captação via ESG.

Atualmente, existem mais de 700 startups que oferecem soluções ESG no Brasil, o que começa a chamar a atenção dos investidores.  Existem as startups ESG Enablers, que ajudam companhias a implementar o ESG nos negócios. Ou seja: as companhias usam soluções já encontradas e testadas por essas startups. E sendo assim, alguns fundos de investimento já estão de olho nessas empresas.

Na outra ponta, o boom de empresas e ou ativos ESG se fundiu com o dos fundos de investimento. Segundo a Anbima, o patrimônio líquido dos fundos de sustentabilidade e governança quase dobrou no início de 2021. Já a captação líquida cresceu quase 800%.

Investimentos ESG

Mas e o que um fundo precisa ter para ser considerado ESG? A princípio, companhias que adotem políticas sustentáveis, do ponto de vista ambiental, social e de governança.

No mercado europeu, as carteiras de investimento que adotam estes critérios se tornaram mais atrativas aos investidores. As companhias bem classificadas em métricas ESG superaram o mercado do Reino Unido em até 3% nos últimos 5 anos, segundo o Bank Of America .

A questão é que, diferente de alguns países, como os Estados Unidos, no Brasil, as normas ou critérios para que um fundo de investimento receba a nomenclatura ESG ainda é simplista. Não existem parâmetros para serem usados em diferentes organizações. E para piorar, muitos fundos se aproveitam desse vácuo regulatório para se auto definir ESG. Assim como muitas empresas. O chamado “greenwashing”, ou “maquiagem verde” é a realidade de muitas instituições que querem surfar na onda ESG sem de fato ser ESG.

Em setembro do ano passado, o índice Dow Jones e a B3 lançaram o índice S&P/B3 Brasil ESG. E o que esse índice faz: ele seleciona quais as companhias que melhor pontuam nos quesitos ambientais, sociais e de governança. São excluídas do índice as empresas envolvidas com a indústria de armas, tabaco, carvão térmico e empresas que não alcançarem a pontuação mínima estabelecida pelo Pacto Global Das Nações Unidas.

Porém, pouco mais de 11% das companhias listadas na bolsa brasileira compõe este índice, o que é um número relativamente baixo.

Segundo o especialista em ESG, Fabio Alperowich, muitas vezes as pessoas confundem empresas ESG com setores específicos, como energia renovável ou pás eólicas. Porém, o critério ser sustentável tem muito mais a ver com o processo do que com o produto. Por isso que muitas companhias são contestadas por causa dos seus setores, como por exemplo: MRV (construtora), Renner (varejo de moda), Fleury (laboratórios) e Localiza (de aluguel de veículos) – mas que seguem rigorosamente os critérios ESG.

Já a Klabin (de celulose) é uma companhia que segue rigorosamente os critérios ESG e que tem o plus do seu setor de atuação, assim como Aeris Energy (AERI3),  Orizon (ORVR3),  Enjoei (ENJU3).

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