A Robinhood Markets, corretora online no centro do frenesi recente envolvendo investidores de varejo de Wall Street, divulgou nesta quinta-feira (01) a documentação para a sua oferta inicial de ações, um dos IPOs mais esperados do ano.
A empresa com sede em Menlo Park, Califórnia, que sofreu uma multa de US$ 70 milhões de reguladores nessa semana por falhas sistêmicas e fornecimento de informações falsas e enganosas, teve um salto de 245% na receita em 2020, de acordo com o documento, beneficiada pelo aumento nas negociações por cidadãos norte-americanos presos em casa por causa da covid-19.
A receita para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2020 aumentou para US$ 959 milhões, disse a empresa. O lucro líquido foi de US$ 7 milhões, em comparação com um prejuízo de US$ 107 milhões um ano antes.
Nos três meses encerrados em 31 de março, a receita total disparou 309% em relação ao mesmo período do ano anterior, para US$ 522 milhões.
A Robinhood, que planeja se listar na Nasdaq com o código “HOOD”, havia apresentado em março planos confidenciais aos reguladores para uma oferta pública inicial dos EUA.
A decisão de abrir o capital da Robinhood ocorre meses depois que a empresa se viu no centro de um confronto entre uma nova geração de investidores de varejo e os fundos de hedge de Wall Street no final de janeiro.
A empresa foi fundada em 2013 pelos colegas de quarto da Universidade de Stanford, Vlad Tenev e Baiju Bhatt. Sua plataforma permite que os usuários façam transações ilimitadas sem comissões em ações, ETFs, opções e criptomoedas.
Em dezembro, a Reuters relatou que a Robinhood escolheu o Goldman Sachs Group para liderar os preparativos para um IPO, que pode valorizá-la em mais de US$ 20 bilhões.
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