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Economia

IBC-Br cresce mais que o esperado em julho, mas inicia 3º tri com perda de força

Índice é visto como sinalizador do PIB.

Consumidor faz compras em supermercado do Rio de Janeiro 10/09/2020 REUTERS/Pilar Olivares

A atividade econômica brasileira cresceu mais do que o esperado em julho, mas ainda assim iniciou o terceiro trimestre com perda de força em meio a indícios de uma recuperação vacilante, apontaram dados do Banco Central.

O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br), considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,60% em julho em relação ao mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado nesta quarta-feira.

O resultado ficou acima da expectativa em pesquisa da Reuters de ganho de 0,40%.

Com a economia ainda sofrendo os impactos da pandemia de covid-19, bem como elevação de custos e restrições de oferta, o resultado foi o segundo seguido no azul.

Mas mostrou desaceleração ante o avanço de 0,93% de junho sobre o mês anterior. Além disso, esse dado foi revisado para baixo pelo BC de alta de 1,14% em junho informada antes.

Em relação a julho de 2020, o IBC-Br registrou crescimento de 5,53% e, no acumulado em 12 meses, teve ganho de 3,26%, segundo números observados.

A economia brasileira estagnou no segundo trimestre com queda do PIB de 0,1%, contra expectativa de aumento de 0,2%, pressionada por desempenhos fracos da indústria e da agropecuária, de acordo com dados do IBGE.

Especialistas vêm reduzindo as expectativas de crescimento da economia brasileira tanto para este ano quanto o próximo. A mais recente pesquisa Focus do BC mostra que as projeções agora são respectivamente de altas de 5,04% e 1,72%.

Mas as incertezas para 2022, que incluem de crise hídrica à situação política e fiscal em ano eleitoral, já levam muitos a ver expansão abaixo de 1% no próximo ano, com o Itaú calculando avanço de apenas 0,5%.

No mês de julho, a indústria registrou queda bem mais forte do que o esperado sobre junho, de 1,3%, iniciando o terceiro trimestre mais de 2% abaixo do nível pré-pandemia.

Por outro lado, as vendas varejistas aumentaram 1,2% no mês, bem acima do esperado, com o volume de serviços crescendo 1,1% e iniciando o terceiro trimestre no patamar mais elevado em cinco anos.

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