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Finanças

Ibovespa cai 2% e fecha semana nos 111 mil pontos, menor patamar desde março

Alta do IOF e queda do minério de ferro abalaram o humor do mercado nesta sexta-feira (17).

imagem ilustrativa ibovespa b3

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em forte queda nesta sexta-feira (17), no nível mais baixo em mais de seis meses. Já o dólar ganhou força. Os investidores repercutiram negativamente o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e seu impacto fiscal. Além disso, a bolsa foi pressionada pelo cenário doméstico ainda complicado e ambiente externo desfavorável com a queda de commodities.

O Ibovespa caiu 2,07% nesta sexta, aos 111.439 pontos, nível mais baixo desde 9 de março, quando a bolsa recuou a 111.330 pontos. Na mínima do dia, o indicador chegou a cair a 111.157 pontos. Na semana, acumulou queda de 2,51% e, no mês de setembro, recuou 6,20%.

Por sua vez, o dólar subiu 0,41%, comercializado a R$ 5,2866. Na semana, a moeda dos EUA acumulou valorização de 0,39%.

Em meio a incertezas persistentes sobre a capacidade do governo de manter seus gastos dentro do teto fiscal, o presidente Jair Bolsonaro editou na quinta-feira um decreto com aumento do IOF com o objetivo de custear o aumento no valor do Auxílio Brasil, novo programa social do governo que irá substituir o Bolsa Família.

“A medida, que pegou o mercado de surpresa, está sendo digerida por investidores e, antes de mais nada, coloca em evidência as dificuldades do governo em aprovar fontes de financiamento permanentes para o seu novo programa social, o Auxílio Brasil”, escreveu mais cedo Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

Por outro lado, alguns investidores chamaram a atenção para o fato de que o aumento de arrecadação com a alta do IOF está estimado em R$ 2,14 bilhões. “Um valor muito baixo“, disse à Reuters Marcos Weigt, chefe de tesouraria do Travelex Bank, embora tenha ressaltado que “aumentos de imposto nunca são (bem-recebidos) pelos mercados”.

As negociações na bolsa paulista ainda tiveram como pano de fundo piora nas perspectivas de crescimento da economia brasileira, inflação elevada e juros maiores, bem como uma crise hídrica.

Destaques do Ibovespa

Na esteira da queda dos preços do minério de ferro, a Usiminas (USIM5) caiu 5,31%, negociada a R$ 13,92; Gerdau (GGBR4) recuou 6,82%, para R$ 24,60, e CSN (CSNA3) perdeu 4,73%, para R$ 29,80. Já a Vale (VALE3), que caiu 4,15% na véspera, continuou recuando mas diminuiu a queda para 2,02%, cotada a R$ 86,15. Na semana, a mineradora desvalorizou 9,13%. Veja outros destaques da bolsa.

Bolsas mundiais

Wall Street

Os mercados de ações dos Estados Unidos fecharam em forte queda nesta sexta-feira, encerrando uma semana marcada por robustos dados econômicos, preocupações com aumento de impostos corporativos, a variante Delta da Covid e possíveis mudanças no cronograma do banco central dos EUA para a redução gradual de suas compras de ativos.

Todos os três principais índices de ações dos EUA perderam terreno, com o índice Nasdaq Composite sofrendo a maior queda, conforme a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA pressionou ações de crescimento, as líderes do rali do mercado.

Os índices também registraram perdas semanais, com o S&P 500 em sua maior baixa no acumulado de duas semanas desde fevereiro.

Segundo dados preliminares:

  • Dow Jones caiu 0,48%, para 34.583,17 pontos
  • S&P 500 teve queda de 0,92%, para 4.432,69 pontos
  • Nasdaq Composite recuou 0,91%, para 15.043,97 pontos.

Europa

As ações europeias caíram nesta sexta, marcando sua terceira semana consecutiva no vermelho, já que o setor de recursos básicos foi atingido por perdas na Anglo American, mas notícias de que o Reino Unido está ponderando flexibilização das restrições a viagens impulsionaram companhias aéreas e grupos de hotéis.

A maioria dos índices regionais foi pressionada na semana por preocupações sobre a desaceleração do crescimento global e regulamentação mais rígida imposta sobre as empresas chinesas.

  • Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 0,91%, a 6.963,64 pontos.
  • Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,03%, a 15.490,17 pontos.
  • Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 0,79%, a 6.570,19 pontos.
  • Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 0,98%, a 25.709,56 pontos.
  • Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou alta de 0,31%, a 8.760,90 pontos.
  • Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 0,71%, a 5.299,37 pontos.

Ásia e Pacífico

As ações chinesas fecharam em alta nesta sexta-feira, antes do feriado asiático do Festival de Meio de Outono, com os setores de consumo básico e saúde liderando os ganhos.

  • Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,58%, a 30.500 pontos.
  • Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 1,03%, a 24.920 pontos.
  • Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,19%, a 3.613 pontos.
  • O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 1,00%, a 4.855 pontos.
  • Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 0,33%, a 3.140 pontos.
  • Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,01%, a 17.276 pontos.
  • Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,22%, a 3.071 pontos.
  • Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,76%, a 7.403 pontos.

(*Com informações da Reuters)

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